segunda-feira, janeiro 31, 2005

Com a frieza possível!...

Quando Mourinho pegou na equipa, em situação idêntica àquela com que hoje deparamos, não prometeu nada para essa época, mas sim formar uma equipa para os anos seguintes. No entanto, apesar da pressão, ainda conseguiu, mesmo assim, levá-la à Taça UEFA com os resultados conhecidos.
Este ano tem sido, desde o início, uma sequência inaudita de disparates tais que de uma equipa que conquistou a Taça dos Campeões nada mais resta que uma manta de retalhos, desbaratada e desconexa, aos baldões dos acontecimentos e sem força anímica. O circo dos cartões amarelos e vermelhos é verdadeiramente sintomático.
O treinador não presta como não prestava o Del Neri. É uma evidência que ando a proclamar desde a primeira hora. Mas, meu Deus, foram contratados por quem? O que é que se passa nos bastidores das contratações e das dispensas desta temporada?
Técnicos...jogadores...empresários..dirigentes... é tudo uma salgalhada que não se entende, a fazer lembrar as contratações dos Pizzi e mais alguns que só serviram para desbaratar as finanças do clube sem qualquer contrapartida. Depois queixam-se.
O Octávio ainda lançou o Ricardo Carvalho!... Mas este Fernandez!!! Que jogador já promoveu?Onde estão as promessas apregoadas e que tantas provas tinham dado nas pretéritas temporadas em que conquistaram títulos e deram alto contributo à selecção? Mas se o treinador espanhol, nesta altura do campeonato, ainda não sabe que jogadores deve pôr a jogar! Ainda não sabe que substituições deve operar durante um jogo? Valha-me Deus. Das duas uma: ou é sério e não sabe ou sabe e não é sério. Isto, apesar do ar angelical com que se apresenta nas entrevistas. Como já referi várias vezes desde a primeira hora da sua contratação, a sua carreira descendente em Espanha não augurava nada de bom. Pelos vistos tinha razão. Mas o presidente deixou-se inebriar pela vitória do Celta sobre os lampiões, como se a história alguma vez fosse repetível!
Por outro lado, continuo a bater na mesma tecla. Para que serve a equipa B? Para, depois de tantas promoções e contratações, acumular desaires sobre desaires!Também com o treinador que têm é precisa muita paciência.

Proposta

Acabo de chegar do"Dragão", enregelado e aturdido, e a primeira coisa que venho fazer é dirigir-me humildemente à SAD e ao seu presidente para lhes lembrar que sendo hoje (já passa da meia-noite) o dia trinta e um de Janeiro ainda estão a tempo de contratar mais cinco ou seis brasileiros para juntar aos que já temos. Ao menos ficava a obra completa!
Levantem-se os réus responsáveis pela pouca vergonha por que está a passar o meu Porto! Assumam as asneiras que fizeram (e continuam a fazer) num desnorte completo, sem igual na história do clube, nas últimas duas décadas. E peçam desculpa aos sócios que são os únicos inocentes em tudo o que está a acontecer.
É demasiado chocante ouvir no nosso estádio a claque adversária gritar «só mais um, só mais um!». E tinham razão e só não aconteceu por mero acaso. Não um, mas três ou quatro mais. Não me lembro de alguma vez ter visto isso nos muitos e muitos anos de fervoroso adepto que sou. Senti-me humilhado, triste e revoltado, como nunca.
Quando, antes do Natal, levei a autografar o livro de Pinto da Costa, dei-lhe os parabéns e disse-lhe que contava com ele. Face aos disparates desta época, disparates esses que cada vez se vão avolumando, não sei se posso contar mais. Este não é seguramente o presidente que um dia conheci e tantas glórias nos truxe. É bem verdade: "ganha fama e deita-te na cama».
Assim se esbanja, em negociatas duvidosas e sem sentido, tudo o que os êxitos recentes tinham conseguido. Os outros vão buscar aqui ao lado a Guimarães um Nuno Assis, (mil vezes melhor do que o Diego! Será que os olheiros do clube ou o presidente que se gaba de perceber muito de futebol ainda não tinham dado por ele?) um André Luís..., apostam nos jovens que são a prata da casa(Manuel Fernandes, Bruno Aguiar etc) e qualquer dia têm uma equipa a sério. Do Sporting nem se fala, pois no meu entender têm a melhor equipa portuguesa.
Nós, se não atalharmos o passo e não vejo vislumbres disso, nem equipa nem dinheiro.
Mas temos brasileiros!

sábado, janeiro 29, 2005

Deixem-me rir

Para os doutos inspectores da PJ o Jorge Coroado virou especialista em arbitragens. Com cunha de quem? Ou será pelos atrabiliários e facciosos juízos de valor emitidos semanalmente nos meios de comunicação social? Este é mais um que pegou de estaca! Tem telhados de vidro? Nem por sombras!!!Só ele é que pode atirar pedras! Só ele? Não. O alzhaimer e o kadhafi também sabem da poda. Senhores inspectores, estes dois senhores devem igualmente fazer parte da comissão de visionamento. Quanto antes e em prol de uma completa regeneração e de uma cabal transparência no futebol português! Aqui fica o alvitre.

São curiosas as entrevistas de hoje de Mourinho ao jornal 'A Bola' e de Artur Jorge ao JN. Mourinho diz que agora, desde que saiu do Porto, é que o consideram o Mourinho de Portugal. Artur Jorge afirma que Lisboa, depois do ciclo sportinguista e depois do ciclo benfiquista, não viu nem vê com bons olhos a ascensão e actual hegemonia futebolística do F. C. do Porto. Por que será? Eles sabem do que falam.

Das modalidades ditas amadoras, duas há que, nos momentos que correm, mais interesse despertam junto dos canais televisivos que a tais modalidades recorrem. São o voleibol e o futsal. Por que será? Eu sei que se trata de modalidades que arrastam multidões e estão ao nível das grandes competições europeias, por isso, nada mais justo. Quando será a vez do berlinde?

A Teresa Guilherme (alto expoente da cultura em Portugal!!!) declarou que não ligava nem percebia nada de futebol, mas agora, depois do casamento, é uma adepta fanática dos lampiões.
É assim mesmo. Quem quer bons chefes de família, arranja-os!

A respeito dos brasileiros do meu clube e da minha falta de vocação para a matemática: « quem de cinco tira dois, quantos ficam? Nunca imaginei que fossem seis ou sete». Mas é verdade.

sexta-feira, janeiro 28, 2005

O Reino dos Pinóquios

Longe andava Carlo Lorenzini, mais conhecido por Collodi, ao escrever as "Avventure di Pinocchio", que a sua efabulação no que diz respeito ao simpático boneco saído das prodigiosas mãos do velho Gepeto iria ter a sua conctretização real num pequeno país, no extremo ocidental da Europa.
Lembro que uma das peculiaridades de Pinóquio era a de ver crescer o seu (dele) nariz sempre que dizia uma mentira, o que, diga-se de passagem, acontecia com muita frequência. Nem os conselhos do amigo grilo falante lhe valiam.
Pois parece que Collodi estava a pensar em Portugal, quando imaginou a personagem.
Há um ditado que diz que, entre nós, «anda meio mundo a enganar o outro meio». Acho que esta proporção peca por defeito. E muito.
Mentem os políticos que nos governam e mentem também os que gostavam de nos governar. Mentem os que prometem e não cumprem, porque a política parece que agora é a arte de enganar.
Na sociedade civil tanto mentem os patrões como os empregados. Nos militares o fenómeno é idêntico, oficiais ou soldados. Na justiça, os magistrados querem a verdade, mas vivem das mentiras e tanto os advogados como os arguidos usam-na como ninguém. Mentem os médicos e o pessoal de saúde, os professores e os alunos, os engenheiros e os arquitectos... as chefias e os funcionários. Dos comerciantes aos operários é um salve-se quem puder e até os agricultores, na cata de algum subsidiozito, só não mentem se não vier proveito. Dos caçadores já se sabe. E os pescadores são iguais. Nas feiras só não burla quem não sabe ser feirante...
Mentem ( e de que maneira!) os jornalistas, os comentadores, os analistas e outros actores, os árbitros, os dirigentes, os treinadores e os assistentes, para não falar dos jogadores.
Mentem todos, todos mentem, mas neste reino de mentirosos, apesar do nariz não lhes crescer em proporção, não há regra sem excepção. Felizmente para o país, para esta nação valente e imortal, ainda há gente impoluta, verdadeira e transparente, com um passado e um presente limpo e sem mácula, em quem todas as pessoas se podem rever com admiração. Eles são e vão ser os regeneradores de todo um Portugal doente e adormecido: é o kadhafi dos pneus e o alzhaimer das cunhas. Abençoado país que tais filhos teve.
Tenho dito

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Não devo estar bom da vista

Após alguns dias de ausência, por me ter deslocado a Lisboa por razões de ordem familiar, retomo hoje este meu canto para confessar que não devo andar a ver muito bem.
Propus-me ontem ver, numa de imparcialidade, o apregoado jogo que, no dizer dos comentadores do canal1, estaria a ser observado por milhões de espectadores( milhões!... milhões!...) É curioso que rapidamente pus de lado a minha imparcialidade tal o desaforo e o despudor dos comentadores da canal televisivo. Eu que não sou nem lagarto nem lampião, acho que a arbitragem foi caseira, que o João Pereira deveria ter sido admoestado, que o Hugo Viana foi mal expulso, que o Bruno Aguiar deveria ter ido para a rua pela entrada por trás, perigosíssima, sobre o Liedson, que o Petit goza do privilégio de poder entrar sistematicamente a varrer sobre qualquer adversário e permanecer em campo, acho que os lagartos jogaram melhor, têm melhor conjunto e acabaram por perder, porque a juntar ao que foi exposto, ainda lhe faltou um pouco da sorte que acompanha os lampiões.
Pois quem os ouvisse hoje!!! Houve um energúmeno que chegou a afirmar que o Viana tinha sido bem expulso ( o professor Simão já tem discípulos e o Joãozinho vai longe, vai!!!), enquanto o Bruno levou amarelo, porque o Liedson fez fita. É o que eu digo. Ando a ver mal, de certeza absoluta.


Quando li que vinha aí para o Porto um Leandro do Bonfim, dei comigo a pensar: « mas há algum Leandro no Setúbal?». Afinal parece que é outro brasileiro que joga na Holanda. E também um Ibson...e também... e também... Afinal, como é? F. C. do Porto ou Brasil F. C.? Manhã, tão bonita manhã/ manhã de Carnaval! Só pode ser!!!

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Afinal há coincidências

Ontem, depois de ter escrito o meu post, quando ligo a televisão, à hora do jantar, sou confrontado com uma conferência de imprensa de Nuno Cardoso, onde, perante as câmaras de televisão, refere as suspeitas a que eu aludia no meu comentário.
Hoje, Francisco Assis, num dos ziguezagues em que o PS é useiro e vezeiro, vem verberar o ex-autarca no sentido de lhe tirar o tapete como que a dizer-lhe «se tens pretensões à Câmara do Porto, podes tirar o cavalinho da chuva!». Politicamente correcto, solidariamente incorrecto.
Eu, como não acredito na justiça portuguesa e entendo que, nos últimos anos, são constantes os indícios de que a promiscuidade entre os dois poderes é uma realidade, mantenho tudo aquilo que afirmei. E tenho quase a certeza de não andar longe da verdade.

A propósito do propósito de Marcelo Rebelo de Sousa se aprestar em fazer campanha por um governo que ajudou a derrubar, vieram-me logo à ideia aqueles versos de Sá de Miranda:
Homem dum só parecer
Dum só rosto, duma só fé
D'antes quebrar que torcer
Outra cousa pode ser
Homem de Corte não é.
Para mim que, há trinta anos, vou registando a maneira de Marcelo estar na política, custa-me confirmar mais uma vez que o distinto professor não corresponde minimamente ao paradigma apontado de forma sábia pelo nosso poeta do século XVI. Que também se doutorou pela Universidade de Lisboa.

Que se passa?

- A juíza de Gondomar achou que uma das medidas de coacção aplicadas a Pinto da Costa era «desproporcionada e anticonstitucional». Mas o que é isto? Quem lhe pede responsabilidades pelo dislate? Uma juíza aplica a um cidadão uma medida anticonstitucional e fica impune?
Pois claro, se fosse um funcionário a fazer um disparate equivalente no seu serviço de um processo disciplinar não se livrava. Ai isso não!


Quando é que os trogloditas dos nossos comentadores desportivos aprendem que o moral dos jogadores não é a mesma coisa que a moral dos mesmos . Como são ignaros e petulantes e ninguém lhes chama a atenção, continuam a poluir os nossos ouvidos com todo o tipo de disparates, bacoradas e de pontapés na gramática. Valha-nos, ao menos, que, dado não perceberem muito dos pontapés na bola, sempre pontapeiam alguma coisa. O pior é que, de tanto os ouvirem, não há hoje bicho careta, treinador ou jogador, que não afirme «a moral do balneário, tanto dos técnicos como da equipa, é muito boa». Olha se não fosse!!!

quarta-feira, janeiro 19, 2005

Isto continua

- Reacendeu-se, agora de forma manifesta e clara, a campanha anti-Porto. Tanto a nível judicial, como a nível político e desportivo. Que ninguém acredite tratar-se de meras coincidências. Pode alguém crer que a chamada de Pinto da Costa a depôr nas vésperas do lançamento do seu livro e do jogo com o Chelsea, não foi obra de pura maquinação? Só se for um néscio!
Desportivamente falando, é vergonhoso o quase esquecimento a que, de forma sistemática e dentro da mesma estratégia, são votados os êxitos do nosso clube por parte da comunicação social sobretudo a lisboeta, mas não só! Impressiona de facto como, por um lado, uma vitória na Taça de Portugal é glosada de todas as formas e feitios e apresentada como estrondoso sucesso do clube, enquanto, por outro lado, as magníficas conquistas de que poucos clubes do mundo se podem orgulhar são postas em idêntico pé de igualdade e, pasme-se, são anotadas (agora!!!) como êxitos quase exclusivos de Mourinho! Não deixa de ser verdade que aos Manha, aos Cartaxana, aos Delgado e a toda essa caterva de mentecaptos vesgos e malformados pseudo jornalistas que enxameiam as redacções dos jornais só os lê quem quer. Mas por que razão teremos que ouvir os comentadores dos diferentes canais da TV (principalmente os da SPORTV e os da SIC) onde o facciosismo doentio e a má-fé dos mesmos são chocantes?
A propósito da sanha anti- portista, alguém acredita que foi por mero acaso que o Nuno Cardoso foi chamado a depôr nesta altura?
Só um ingénuo não vê que por trás de toda a actuação judicial vigente está o poder político o qual, no caso do Porto, dá pelo nome do famigerado Rui Rio e do seu inseparável amigo, o cabeça de lista do PSD. É que as vitórias do Porto-clube causam engulhos a muita gente. Trata-se da única instituição portuense que bate o pé não só a Lisboa e à impunidade da sua macrocefalia como aos despeitados e vingativos barões da invicta cidade. Por que motivo a PJ não investiga as contas do Benfica e os negócios com o seu estádio? Foi por terem ido prestar vassalagem antes das anteriores eleições? E as dos outros clubes de Lisboa? Não me façam rir.
Já repararam na estranha coincidência de uma ministra da justiça ter sido nomeada na altura em que o dirigente do seu partido tinha fortes indícios de estar fortemente comprometido no caso da Moderna (o recente sibilino recado de Luís Filipe Menezes é bem elucidativo daquilo que todos desconfiávamos e fora atestado pelo comportamento do referido dirigente partidário o qual, enquanto não sabia como parariam as modas, não tugia nem mugia, mas, depois, foi um ver se te avias) e de um ministro da mesma pasta ser agora uma das pessoas mais interessadas no aniquilamento político de Nuno Cardoso? E, por extensão, em acabar com a liderança interna do F.C. do Porto? Mistérios da coligação!!!
Não tenho procuração do engenheiro, pessoa por quem não nutro até especial simpatia, mas é evidente que o que está a acontecer não é fruto do acaso. Tudo foi premeditado. Política e justiça, justiça e política. Onde é que está a separação dos poderes sempre tão apregoada? E os jornais, a rádio e a televisão, neste momento mais domados e, por isso, mais mancomunados com o governo, rejubilam e trazem em parangonas que o ex-presidente da Câmara do Porto foi constituído arguido por suspeita de peculato, abuso de poder e participação em negócio. Qual negócio? O que envolve o F.C.do Porto. Evidentemente.
Pergunto eu: Alguém falou do que se passa com o Bessa? A Judiciária está preocupada com os negócios e os custos da Luz, de Alvalade, de Braga, do Algarve etc, etc, os quais lesaram, e de que maneira, os interesses das respectivas Cãmaras? Não. Claro que não.Interessa apenas e só o F. C. do Porto. Se isto não é uma cabala, uma tramóia, sabiamente arquitectada e executada com cinismo e requintes de malvadez, então não sei o que será.
E o que dizer dos processos sumaríssimos que só aparecem à 17ª jornada do campeonato? Antes não houve nada? Os exemplos passados não são referência? (Leia-se a propósito no Jogo o interessante artigo do Jorge Maia sobre este assunto). É por demais evidente que só agora é que os doutíssimos e meretíssimos juízes visionaram a cotovelada do Benni! O malvado do Benni! São assim os magistrados portugueses! Íntegros e impolutos.
O que me dói é que o nosso presidente se tenha deixado envolver nestes enredos em vez de os enfrentar com denodo e coragem, como era seu apanágio, contra-atacando com resultados e vitórias concludentes nos jogos do campeonato os quais, como aconteceu nos dois últimos anos, deixavam os adversários e os inimigos a espumar de raiva. Quanto mais se encarniçavam contra ele e contra o clube mais a equipa vencia e levava todos de roldão.
Agora anda numa de social.
É bem verdade que a partir de uma certa idade o abuso do sal faz mesmo mal.

terça-feira, janeiro 18, 2005

Questões breves

  • - O F.C. do Porto virou entreposto de jogadores brasileiros?
  • - Com quantos jogadores portugueses e não brasileiros fez Mourinho a sua excelente equipa? E agora quantos são?
  • - O Jorge Mendes conluiou-se com o inimigo? Pelo menos parece. Isto é o que se chama ter a espinha direita!
  • - Para que serve a equipa B? Para malbaratar os dinheiros do clube?
  • - Manuel José, jogador fulcral do V. de Setúbal, não serve para o Porto? Ainda o vamos ver num dos rivais? Para lá de outros predicados técnicos e tácticos, tem raça e coragem e sabe marcar cantos e livres, especialidade altamente carenciada pelas bandas do Dragão.
  • - Quem me compensa das correrias, empurrões e aborrecimentos que a incúria dos serviços administrativos do clube me causaram aquando do jogo com o Rio Ave? Mais de três semanas para actualizar o sistema informático do pagamento das quotas, parece-me demasiado. Até nisso o Porto está diferente. Para pior.
  • - Uma das coisas de que me orgulhava, relativamente ao meu presidente, era a de ele não fazer cedências quanto a presenças em eventos que não tivessem a ver com o fenómeno desportivo, principalmente com o F. C. do Porto e sempre tivesse resistido a programas como os do Herman José, apesar de bajulatórios. Sabia dizer não como os políticos não eram capazes de fazer. Mas também ele está diferente. Primeiro foi no"Levanta-te e Ri", agora no "Herman Sic". Qualquer dia será no "Praça da Alegria" ou no Goucha, sei lá...
  • - Se o Benfica tivesse uma grande equipa de andebol (como aquela que o Porto e o ABC tiveram nas épocas passadas) e estivesse interessado em criar uma Liga, a Federação de Andebol e em especial o ditador Luís Santos teriam criado os problemas que criaram a ponto de assassinarem o andebol? Vai uma apostinha? Há clubes que, de certeza, estão por trás disto tudo: o Benfica, (agora os vira-casacas do Sporting), o Boavista (as políticas enviesadas dos axadrezados contra o Porto sempre me meteram nojo), os clubes de Guimarães e os de Aveiro. É claro que têm conseguido o que queriam. Por isso, o andebol este ano deu cartas internacionalmente a nível de clubes e de selecção! Ai que se este governo soubesse governar, onde é que tu já ias, Luís Santos! Tu e a tua pesporrência! Imbecil!

Não posso acreditar!

Desde sábado passado, mais concretamente a partir do final do desafio de Coimbra, me tenho sentado em frente do computador para desabafar as minhas angústias de adepto fervoroso do meu clube, para manifestar a minha revolta com o que se está a passar no reino do dragão, para pôr em causa as decisões umas precipitadas outras atabalhoadas que a SAD portista em geral e o seu presidente em particular vêm tomando desde o início da época, mas de todas as vezes que me proponho avançar há como que um grito a alertar-me: «para quê? não vale a pena!».
De qualquer modo e um pouco mais a frio, sempre me atrevo agora a exprimir o que me vai na alma, pedindo a quem eventualmente me leia me manifeste se a minha visão é realista ou se é fruto de um amargurado pessimismo:

  • - Há muito tempo venho dizendo que a preparação da presente temporada tem sido um acumular de disparates tanto em termos de planificação como de contratações e dispensas. Por demais debatido, em posts anteriores, tanto por mim como pelos meus prezados consócios bloguistas, nem vale a pena referir algumas das contratações efectuadas para serem, de imediato e sem provas dadas, postas em outros clubes, nem sequer as dispensas de Rossato e Pedro Mendes ( para ficarmos com o Areias e o Postiga!!!), nem tão pouco a mirabolante vinda do Del Neri. Quero tão só e apenas referir a contratação do Victor Fernandez. Duas das grandes qualidades do nosso presidente, ao contrário da grande maioria dos seus congéneres de outros clubes, sempre foi a de perceber muito de futebol e a de devotar-se de alma e coração ao seu clube, mas, como não há bela sem senão, às vezes, a sua incansável preocupação em não se deixar bater pelos rivais levam-no a ser precipitado nas decisões tomadas. O facto de Fernandez ter vencido o Benfica por sete não fazia dele necessariamente um treinador adequado para o F.C. do Porto. Tínhamos, de certeza, melhores soluções em Portugal e até mesmo entre nós dentro do clube (desde que não fosse o Domingos Paciência!). Podiam não dar de início os frutos almejados, mas tínhamos agora, garantidamente, uma equipa a jogar como tal e não onze jogadores à deriva, sem rei nem roque, como acontece nos tempos que correm ( é curioso que, no momento, qualquer treinador sabe como proceder quando vai defrontar o nosso clube, nós é que não sabemos o que vamos fazer quando os enfrentamos!).
  • - Eu sei que para o presidente, neste momento e atendendo ao falhanço da contratação do italiano, será muito difícil senão impossível reconhecer que errou uma vez mais ao trazer o espanhol ( pois é, a Supertaça, a Intercontinental e outras panaceias... que servem apenas para encapotar o que é evidente para todos: a nossa equipa não está a jogar nada e em qualquer jogo se vê mais consistência futebolística na equipa adversária, mesmo nas do fundo da tabela, do que na do Porto!), mas o treinador, se lhe restam resquícios de vergonha, hombridade e bom senso, deveria pôr de imediato o seu lugar à disposição. Assim como assim, só tinha a ganhar: ganhava alguns tostões e ia meditar para a prateleira onde se encontrava e donde nunca deveria ter saído. Porque, meus amigos, o que aflige mais nem é o que se está a passar agora. É sobretudo, a manter-se esta situação, o que se prevê para o futuro. Nada de bom pela certa. Com tendência para ser cada vez pior.
  • - Era previsível que com um líder fraco os problemas de balneário começassem a surgir. Razão tinha Mourinho quando, no início da época transacta, punha em dúvida se os seus jogadores teriam a força de ânimo e a vontade de conquista que os caracterizara na época anterior, dadas as vitórias conseguidas. Conseguiu manter a equipa unida em torno dos objectivos pretendidos, mas também soube comentar que, apesar de tudo, a postura no balneário já não era a mesma. Já se consideravam uns senhores. Vejam lá agora com duas épocas de conquistas assombrosas e, ainda para mais, com falta de liderança da equipa técnica! Derlei, Carlos Alberto... Só não compreendo como é que para fazer a limpeza do sambódromo se vai buscar mais sambistas! Há coisas que não se entendem! Esta subserviência aos empresários!!! Pergunto agora: para que são os investimentos na equipa B? Para a equipa de Domingos andar a ter os resultados que se vêem? A paciência também se esgota!

terça-feira, janeiro 11, 2005

Soltas

Ainda não começou a campanha eleitoral e já estou farto dela. Por que será?

A constituição das listas foi uma autêntica palhaçada. Não sei por que motivo alguns dos candidatos, dos pseudo-candidatos e dos pretensos candidatos ficaram tão alvoroçados. Vaidades ofendidas e humilhadas? Também o que vão fazer para a Assembleia e nada é a mesma coisa. Acho que o Parlamento reduzido a metade dos seus membros era capaz de cumprir com maior eficiência as missões que lhe são confiadas, como jura qualquer funcionário na sua tomada de posse. Porventura com menos custos e mais ganhos para o país.

São Tomé deve ser de sonho. Depois de ler o "Equador" de Sousa Tavares fiquei com água na boca. Já me apetecera, aquando das férias de Cavaco Silva e lhe deu para trepar pelos coqueiros. Não estranho, pois, que Morais Sarmento tenha aproveitado a ocasião para um mergulho, lembrando-se talvez da crise em que ele e os seus comparsas "mergulharam" Portugal. Ironias laranjas do destino. Um aproveitou São Tomé para trepar, o outro para mergulhar. Sic transit gloria mundi.

Sócrates é mais do mesmo? Até agora ainda não vi diferenças. Como referia uma canção de há uns bons anos: «Para melhor está bem está bem. Para pior já basta assim!». A ver vamos, como dizia o cego.

Se as apoiantes ( e não só, também as secretárias, as assessoras, as cultoras de imagem, etc, etc) do Santana Lopes são as santanetas, os do Portas são os(as) pau...letas? Devem ser.

Filipe Meneses tanto dá uma no cravo como dá outra na ferradura. A culpa não será tanto dele. O cavalo do poder também não é capaz de estar sossegado.

Aquela do Pinto da Costa querer o Jardim na presidência da república tem piada e não ofende.
Abrenúncio, satanás!

Ouvi dizer que o 'kadhafi dos pneus' no fim do jogo de alvalade se insurgia, porque o árbitro não dera mais quinze minutos de compensação. Quando lhe disseram que não havia motivos para isso, retorquiu: « porra, deixem jogar o Mantorras

A primeira página de um jornal de hoje trazia em parangonas que Cinha Jardim ia regressar com urgência a Portugal por causa da porca Camila. Que se passa, lampiona? Há assim uma tão grande afinidade entre vocês?

Quem irá "lucrar" ( i.é "meter no bolso") parte dos donativos destinados às ajudas humanitárias para as vítimas do recente tsunami? Gato escaldado!...

segunda-feira, janeiro 10, 2005

Onde vamos parar?

Quando, na Madeira, o Vítor Baía ( tu não andas bem, rapaz!!!) resolveu presentear os prosélitos do Alberto João com um anafado peru e, na segunda parte, o Postiga (que grande, enorme contratação !!!) ajudou à festa com dois foguetes, com todas as condições para marcar (a propósito, quantos golos já valeram os milhões que custou?), pensei com os meus botões:«bom, espero que os presentes natalícios tenham terminado, que os jogadores recuperem neste tempo de repouso até ao recomeço (os jogadores do Chelsea jogaram 4 partidas, enquanto os nossos descansavam!), que o treinador comece a conhecer os atletas que tem e a tirar deles o rendimento necessário para formar uma equipa a sério, que o preparador físico proporcione aos jogadores os índices físicos de que estão carenciados, espero, enfim, que tenham acabado as desculpas esfarrapadas e, no próximo ano, se encete uma vida nova, como costuma dizer-se».
Imaginem, pois, qual o meu espanto ao deparar com o que aconteceu na gélida noite de domingo passado!
A determinada altura dei comigo a esfregar os olhos de incredulidade, já que não acreditava no que se passava à minha frente no campo de futebol.
Começou logo com a constituição da equipa: será que o treinador estudou o adversário? A sua forma de jogar? Os jogos dos vilacondenses com os clubes de Lisboa não lhe ensinaram nada?Não sabia também das condições físicas dos seus próprios jogadores? Do Seitaridis e do Costinha, por exemplo. Viram- se os resultados. E porquê insistir em meter o César Peixoto que, se alguma constância tem, é a de porfiar no disparate? Vendam-no, emprestem-no, dêem-no, mas, por favor, não o ponham a jogar, porque ali não há um problema de falta de técnica ou de capacidade física, há apenas e somente um problema de mentalidade obtusa que o treinador não sabe ou não pode resolver! O César está convencido de que pode fazer três, dez, vinte asneiras, todas idênticas, todas da mesma maneira, porque alguma vez há-de dar certo. Se calhar chama-lhe criatividade. Que se há-de fazer?
Depois, o encontro. Dum lado uma 'equipa' vestida de branco, do outro, onze homens equipados à Porto, tolhidos pelo frio por fora e por dentro, sem esquema de jogo, aos baldões do acaso, atrasos e mais atrasos, jogadas para o lado, desacerto nos passes, confusões na área ( antes do golo do Rio Ave só não sofremos outros por mero acaso...), tudo sem nexo. Também podíamos ter marcado antes! Pois podíamos. Mas a fífia do Costinha estava cada vez mais a adivinhar-se...
O Baía disparatava, a defesa claudicava, a linha média não existia, o ataque falhava...e o treinador? Sentava-se e levantava-se, dava indicações que ninguém atendia e depois...depois comentava para o adjunto, como se os únicos responsáveis pelo descalabro fossem só os jogadores! (Senhor Presidente, do alto do seu camarote, não vê estas coisas? Ainda acha que é de propor a renovação do contrato a este senhor? Onde está o presidente de vinte e dois anos de sucessos?)
Na segunda parte fiquei boquiaberto, quando vi o Hugo Leal. Disse até para o meu vizinho do lado:«não tarda muito e mete o Postiga!». Fico nas dúvidas se estes dois não lhe darão rebuçados? Vá lá que o Hugo fez o passe para o golo! Mas com que lentidão joga o rapaz! E ainda não lhe ensinaram a jogar de cabeça? Sempre que salta à bola parece que fecha os olhos e seja o que Deus quiser! O treinador não vê isso?
No recomeço da segunda parte não sofremos o segundo golo por mera sorte. Logo a seguir o Baía coloca a bola nos pés dum adversário que não marca, porque não calhou. Depois... cinco médios... para os defesas e o guarda-redes atirarem a bola pelo ar a sobrevoar a linha média e os dois aríetes andarem em bolandas e a perder as bolas. Isto é estratégia? E, vem dizer para a comunicação social que falta criatividade à linha média. Pudera, não. Quanto aos lances de bola parada estamos conversados!Quanto à articulação por e entre os diferentes sectores também estamos conversados. Olhem, só não perdemos, por acaso. Como dizia o Diego no fim do jogo, com muito realismo, «atendendo ao que se passou em campo, o resultado até nem foi mau». Concordo plenamente com ele.
Uma coisa me consola no meio desta desgraça: é que, apesar da comunicação social ter andado três semanas a levá-los ao colo, numa de propaganda e incentivo que os partidos políticos não enjeitariam, os lampiões também não estão melhor. Marcar um golo em fora de jogo ( se tivesse sido ao contrário, o que não teria sido!!!) e, com mais um jogador em campo, não terem sido capazes de rematar uma vez que fosse à baliza adversária é obra! Mas com o mal dos outros posso eu bem.
Com o nosso é que é pior, Senhor Presidente!

domingo, janeiro 09, 2005

Victor é de vitória?

Gostaria de fazer duas perguntas à SAD do F. C. do Porto:

  • - Já que estamos em maré de dispensas e de contratações, não será possível meter no saco dos que se devem pôr a mexer, em primeiro lugar, a equipa técnica que veio lá da Espanha (ao fim deste tempo todo ainda não sabe que jogadores devem jogar, nem que plano de jogo deve impor, nem como os jogadores se devem colocar no terreno,resultando daí que andam sempre à deriva, a passar a bola para trás ou a despejá-la sistematicamente para os dois da frente, sem qualquer fio de jogo, enfim, uma perfeita miséria) e, em segundo lugar, uns tantos senhores que se equipam de azul e branco, mas entram em campo e são tudo menos jogadores de futebol? Dizem que o Maciel se vai embora ( que o Senhor o veja ir, com as perninhas a bulir, com o rabinho a dar a dar, para nunca mais voltar, como se dizia no tempo da minha avó), dizem que o Hugo Almeida vai para o Boavista... por que não aproveitar,então a ocasião dos saldos e meter no mesmo saco o César Peixoto (há ali qualquer coisa que não regula bem!), o Hugo Leal (que grande contratação!!!) e o Postiga(outra grande contratação!!!)? Dispensa-se o Pedro Mendes!!!Ao menos, dêem lugar aos miúdos que pior não fazem de certeza absoluta.
  • - No caso de não ser possível dispensar o treinador, não seria melhor mandá-lo para o camarote, pois parece que de lá consegue ler melhor os jogos. E aí sempre está mais à vontade para fazer aquilo que realmente sabe fazer: dar entrevistas. Já lhe apanharam o jeito e agora virou sentencioso. Era só o que nos faltava! Para Malheiro já basta o dos lampiões!!!

Já agora duas perguntas mais:

  • - Quanto custa o plantel do Rio Ave, por inteiro? O preço de uma ou duas das vedetas do F.C. do Porto?
  • - Ando a dizê-lo há muito tempo, o treinador do Rio Ave não seria o treinador indicado para o Porto? Para mim é muito melhor que o Carvalhal, o Pontes e quejandos. O Victor Fernandez é que não. Qualquer equipa joga melhor que a nossa.


sábado, janeiro 08, 2005

Pois é!

Disparate! Um disparate completo. Segundo li na imprensa, o Dr Pôncio Monteiro prepara-se para liderar ou simplesmente integrar uma candidatura independente à Câmara Municipal do Porto, candidatura que teria como objectivo primordial combater aquela que se perfila sob a liderança do famigerado Rui Rio. Começo por dizer que considero o Sr. Rui Rio um execrável político, um cobarde, falso e manhoso, que na pretérita campanha autárquica foi incapaz de em qualquer ocasião aludir à sua sanha persecutória contra o FC do Porto, mas, mal se apanhou no poder, logo tratou de encetar uma guerra de que, felizmente, saiu bastante malferido.
No entanto, acho que uma decisão como a que Pôncio Monteiro, Pinto da Costa, Rui Moreira e muitos outros pretendem viabilizar é má tanto do ponto de vista táctico como estratégico. Primeiro, porque o clube é incomensuravelmente grande e não pode estar à mercê destas guerras político- partidárias que trazem sempre mais prejuízos do que benefícios e eu acho que a maior e mais pesada derrota que o tresmalhado autarca teve ( não só ele, mas todos os seus sequazes de meia- tigela, nortenhos e portuenses lampiões a ressumar ódio, despeito e rancor, pôdres da injúria de não serem fiéis à terra que os viu nascer, mas travestidos de preto e branco, porque não têm sequer a coragem de se afirmarem autênticos) a maior ignomínia, dizia eu, foram as estrondosas vitórias que o nosso clube entretanto alcançou. Segundo, porque entendo que já bastam ao nosso presidente as lutas desportivas e os ressentimentos que os êxitos da nossa colectividade lhe têm granjeado para se ir envolver noutras escaramuças que não só desgastam como moem.
Aliás, uma das qualidades que sempre admirei em J. N. Pinto da Costa como presidente do F. C. do Porto foi a de saber separar o clube dos interesses político-partidários com os bons resultados que tal política acarretou ao longo do seu consulado clubista. Pena seria que agora, movido por uma guerra pessoal contra alguém que só lhe deveria merecer desprezo, viesse a malbaratar os dividendos que durante a sua proficiente e gloriosa gestão soube acumular.
Pela grande, pela enorme admiração que lhe tenho, pela incomensurável gratidão que lhe devo, atrevo-me a pedir ao meu presidente, Jorge Nuno Lima Pinto da Costa, que não vá nessa jogada. O outro, aquele que não sei se escreve rui por rio ou rio por rui, esse que do muito que prometeu pouco ou nada fez e quase só acabou o que os outros tinham projectado e começado, esse acabará por cair de pôdre, deitado abaixo pelos seus, quando deixar de ser bandeira.
É claro que para os seis milhões de portugueses que marram no vermelho como touro desembolado, esse rio é o maior. Mas, olhe que não! Nem para afluente presta.
Presidente, não vá nessa.

sexta-feira, janeiro 07, 2005

Regresso

Depois de um interregno de mais de um mês, por motivos familiares, eis-me de volta para mais uns comentários e alguns desabafos sobre este quotidiano português, umas vezes patético, outras surrealista, este dia a dia com que os órgãos de informação nos cilindram, forjado na rotina, quando não na incúria, na inveja doentia e na hipocrisia, argamassado nos sonhos de sermos os maiores para logo descambarmos no pessimismo e na falta de auto-estima mal chegam as desilusões, neste carrossel desenfreado e absurdo que é a vida, sobretudo a vida em Portugal.

Também não é tanto assim !...

Nem tudo vai mal neste canto à beira-mar plantado, pelo menos, se atentarmos nos noticiários da imprensa, da rádio, da televisão. Fiquei surpreendido no último dia do pretérito 2004, quando uma estação televisiva, ao fazer a resenha do ano desportivo em Portugal, deu tanta importância à conquista da Taça de Portugal como às que o nosso F.C. do Porto alcançou. Campeão Nacional,Taça dos Campeões, Supertaça, Campeão do Mundo de Clubes são ninharias se comparados com uma Taça de Portugal! Ainda por cima conquistada com mais um jogador e por um bambúrrio de sorte! Mas para a nossa imprensa isto é que é isenção e profissionalismo. Sectarismo? Nunca. Incompetência? Jamais.
Dá-me muito gozo tanta estupidez.

Há três ou quatro dias estava num consultório médico aguardando a minha vez, quando reparo que, à minha frente, uma jovem mãe com um bébé no colo e um outro filhito de dois /três anos na cadeira ao lado explicava à sua vizinha que o seu marido tinha ameaçado o filho com um 'chapadão', só porque o garoto tinha gritado «gô do Pôto». Fiquei atónito. Palavras para quê? É com certeza um bom, um exemplar chefe de família!

Afinal não há crise nenhuma, não há problemas no país, o tsunami já passou à história, não há Iraque, nem fome nem miséria nem desgraças, não há nada. Só há o Sporting- Benfica, o primeiro. o maior, o único desafio de que vale a pena falar!!! Três semanas (por enquanto...) a falar do mesmo, não será demasiado? São tão ridículos! Estou como diz a nossa 'Rapariga Azul?: « Que pena que não percam os dois!»