domingo, outubro 31, 2004

Não pode ser

Não pode ser. Que equipa é esta? Um golo duvidoso no início e depois... mais parecia um jogo de solteiros contra casados. Um meio campo à deriva, um Carlos Alberto a não dar uma para a caixa. Na segunda parte um bom golo do Benny e com ele a possibilidade de se construir um resultado tranquilo...Por fim, uma falta de confiança enorme e o desastre aconteceu.
O meu Porto a ganhar por 2-0, deixa-se empatar em cinco minutos, nos descontos! Como no jogo de má memória com os gregos há épocas atrás.
Assim, meus caros, não vamos a lado nenhum, por muito que nos custe! Pontapés para onde estavam virados, perdas de tempo, simulações, cartões amarelos... Nos últimos quinze minutos salvou-se o remate de Fabiano ao poste. De resto, uma confrangedora actuação da linha média onde, às tantas, se atropelavam uns aos outros. Todos ao monte e fé em Deus. Então, no fim, valha-me Nossa Senhora! Parecíamos os lampiões e os lagartos de épocas atrás. Se sofrem um golo entram num desnorteamento total. O gozo que a lampionagem deve ter tido. e isso ainda me põe mais fulo.
Por um lado a preparação física é uma lástima e, nesta altura do campeonato. o treinador ainda não sabe onde deve colocar os jogadores. Sinceramente, não sei o que faz nos treinos. E quanto aos lances de bola parada, estamos conversados. O que é que o Raúl Meireles andou a fazer em campo? Por que insiste no Pepe? Jogadores cansados, jogadores desmotivados, alguns sem classe, outros sem sorte, olhem, comecem a apostar nas promessas que estão a estiolar na equipa B, onde têm um treinador que também os não estimula nem galvaniza.
O Porto não precisa de treinadores muito palavrosos e de boas maneiras. Precisa de alguém que os ponha a jogar como equipa campeã nacional que é. Não é pedir muito.
Sempre tive desconfianças relativamente ao treinador. Parece que cada época que passa está pior do que na anterior. Vejam o percurso dele no Celta de Vigo e em Sevilha!
Se fosse decente agarrava as trouxinhas e ia embora. E já que este ano não augura nada de bom, procure-se, ao menos preparar convenientemente a próxima época.
Nunca vi o meu Presidente e a SAD cometerem tantas asneiras como este ano!
Esconder isto é procurar tapar o sol com uma peneira.


sábado, outubro 30, 2004

Perguntar não ofende

Há quanto tempo temos o Nuno Valente de baixa?
Lesionou-se ao serviço de quem?
Quem está a pagar os salários de um jogador com quem o clube não pode contar?
Quem indemniza o clube?
E pensarmos que a Federação (e os insignes médicos que dela fazem parte) tiveram dúvidas sobre a lesão do jogador e só o devolveram ao clube no dia seguinte, porque os exames não eram elucidativos! Aos jogadores lampiões e da lagartagem basta dizer que têm uma dorzinha e são logo dispensados (é curioso que essas indisponibilizadoras lesões aparecem sempre em véspera de jogos grandes do nosso campeonato:vidé Simão, vidé Petit, vidé Miguel, e desaparecem, como por encanto, depois do jogo da selecção, sempre a tempo de poderem efectuar o desafio importante!). Coincidências. É só.

Desabafos

Uma das facetas mais importantes que caracterizam o treinador José Mourinho é de, antes de cada desafio, estudar o adversário até à exaustão e preparar os seus jogadores para situações imponderáveis que possam ocorrer durante o jogo. Uma delas é o facto de a equipa poder ver-se a jogar com menos um elemento. Foi isso que aconteceu, por exemplo, num jogo com o Benfica em que, apesar de estarmos a jogar sem o expulso Jorge Costa, o Porto empurrou o Benfica para a sua área num tal sufoco que os lampiões só queriam ver o jogo terminado. Com menos um, os nossos podiam ter dado uma abada de se lhe tirar o chapéu. E, noutras ocasiões quando em desvantagem, sabendo das fraquezas dos adversários, partiam confiantes para a superação da inferioridade no marcador. Agora não é assim. O Porto mantém o domínio do jogo, com bastante ineficácia, diga-se de passagem, porém, quando sofre um golo, os jogadores entram num tal estado de desorientação que é um salve-se quem puder, cada um a remar para seu lado e com os resultados que se vêem.
Isto só revela falta de preparação psicológica, a total ausência daquela confiança que resulta de um comando forte e preparado.
Outro dos pontos fulcrais da preparação do agora treinador do Chelsea, como ele afirmou diversas vezes, é o treino sectorial assíduo de molde a gerar automatismos de colocação no terreno e, sobretudo, de compensação que, se existissem na actual equipa, teriam evitado os
dois golos de Guimarães, especialmente o primeiro.
Outro factor determinante parece ser a falta de treino específico em situações de bola parada. Nas épocas transactas era um gosto ver a aflição dos adversários sempre que havia um livre perto da sua área ou aquando da marcação dos cantos. Agora já sabem que o perigo é insignificante. Nos livres a bola ou vai contra a barreira ou parece um pontapé à rugby. Isto não é mais do que a sofreguidão que resulta da falta de confiança e também da falta de treino específico.Culpa de quem, Sr Fernandez?
Estes desabafos não são feitos com o intuito de denegrir o clube, antes, pelo contrário, resultam
de uma acrisolada paixão clubística, este ano muito sofrida, principalmente por saber que entre os jogadores há matéria para se fazer uma excelente equipa, o que não se está ver. E já lá vão oito jornadas e duas taças perdidas.Que mais nos espera?
Estou como diz uma ferrenha consócia que já admiro e respeito:


POOOOOORTO!

sexta-feira, outubro 29, 2004

O fisco

Hoje deve andar por aí mão do Alexandrino. É a terceira tentativa para publicar o comentário e, quando já está pronto, falha. Por uma razão ou por outra, mas falha. Isto da luta cibernética ainda há-de dar muito que falar. Ai há-de, há-de!...Vamos lá a ver. Pode ser que desta vez...
Uma das coisas que mais me confrange no fenómeno desportivo em geral e particularmente no futebol é a existência dessas aves de arribação que dão pelo nome de empresários e se autodenominam representantes dos jogadores. Não sei porquê, mas trazem-me à lembrança os escravos libertos que tinham a seu cargo os gladiadores da Antiga Roma. Sim, esses que iam para a arena lutar até morrer, saudando o imperador! Esses libertos que se intitulavam de mestres viviam à custa do sangue, do suor e dos sacrifícios dos seus homens. Hoje em dia, tirando as mortes e a mestria, porque de cultura futebolística e desportiva não sabem muito , em pouco se diferenciam.
Surgem de um momento para o outro como cogumelos, crescem de forma ínvia ao abrigo da comunicação social que, com certeza subornam e depois enriquecem, enriquecem, enriquecem vertiginosa e despudoradamente à custa dos incautos futebolistas a quem usurpam a famigerada comissão, mas que, em caso de dificuldades, começam logo a assobiar para o lado. Perguntem ao Bino, que foi criado nas escolas do FCP, mas, depois, demandou outras paragens e que tinha, não sei se ainda tem, como representante, o renomado cristão-novo lampião, transgénico produto que agora é vermelho por fora e por dentro, sabe Deus...
Perguntem o que lhe respondeu, quando o jogador, em Tenerife com a família e com vários meses de salário em atraso, aflito, lhe solicitou a intervenção. Este episódio foi-me contado de viva voz pelos pais do jogador. Perguntem.
Pois é este senhor empresário, impoluto, de honestidade comprovada e singular transparência que se atreve a vir lançar atoardas no fim do jogo da lampiolândia!
Valha-nos Deus. E o que está por trás de tudo isto? Sim, porque estas fraudes fiscais não são mais do que a ponta do iceberg. Tenho a certeza disso.
Como é que o kadhafi dos pneus arranjou a fortuna? Por que é que a comunicação social não investiga e informa? Conluio. Só pode ser. Estes lampiões são um colosso. Primeiro o Vale. Depois o Vítor Santos, o afamado empreiteiro dos grandes empreendimentos do clube dos pardais, como lhe chama um comentador do JN. Agora o Veiga. Quando será a vez do kadhafi?
E dos muitos kadhafis que pululam nos corredores e gabinetes daquele clube?
O que me dana é que passei uma vida de trabalho e canseira a descontar escrupulosamente os meus impostos, o que ainda continuo a fazer, e estes sevandijas e ladrões não têm o mínimo rebuço em lesar o Fisco em milhões de Euros!
E, se o Jorge Nuno não tem falado, a falcatrua por certo era abafada.



PS: Não achei bem as atitudes provocatórias nem o comportamento nem tão pouco as companhias durante o encontro da Srª D. Carolina Salgado (tem o meu apelido, mas não me é nada, cuido eu!), aquando do jogo com os lampiões. Não é de uma senhora. E ela é a companheira, em união de facto, do Presidente do meu clube. Não se pode confundir com os arruaceiros que , no fim do jogo, insultaram e denegriram a sua imagem e a do nosso Presidente.
Podia ter sido evitado.

quinta-feira, outubro 28, 2004

Para pensar

" Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia de um coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai, um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional - reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta (...)
Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não discriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados (?!) na vida íntima, descambam na vida pública em pantomimeiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e de toda a infâmia, da mentira à falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro (...)
Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do país, e exercido, ao acaso da herança pelo primeiro que sai dum ventre - como da roda duma lotaria.
A Justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas;
Dois Partidos (...), sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes (...) vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se amalgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no Parlamento - a de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar (...)"
Guerra Junqueiro, in 'Pátria', 1896

Uma querida amiga de Macau remeteu-me este excerto de Guerra Junqueiro, escrito há cento e oito anos e e eu não resisti a transcrevê-lo, pois é gritante a similitude com o que ocorre nos nossos tempos. Triste sina a nossa. Será este o nosso Fado?
Eu que nos tempos da ditadura sonhava com um Portugal livre e democrático, capaz de superar as décadas de atraso em que nos encontrávamos;
Eu que, no fervor dos idealismos, ajudei a fundar o PPD, almejando uma social-democracia que nos ajudasse a enveredar na senda do progresso, da justiça e do bem-estar social;
Vejo, angustiado, que continuamos com as mesmas atitudes e comportamentos, com os mesmos erros e desplantes, com a mesma fanfarronice balofa e a mesma incompetência atávica que, há mais de cem anos, Junqueiro ou Ramalho, Eça , Oliveira Martins ou Antero, para não falar de tantos outros, denunciavam e fomos incapazes de melhorar.
Porca miseria! , como dizem os italianos.

Premonições

Parece que o meu spot de anteontem era premonitório.
Inqualificável o descalabro de Guimarães. Quando sofrem um golo, ficam desnorteados. E lembrar-me eu das duas últimas épocas em que conseguiam dar a volta ao resultado!
O treinador diz que alguns dos elementos que entraram não corresponderam. Que esperava? Não prestam.
Um dos diários de hoje diz que o Costinha se lesionou. Mentira. Lesionaram-no. Com uma agressão brutal e declarada. Como o famigerado boavisteiro no amigável da pre-época em relação ao nosso ninja e com os custos que ainda se evidenciam. Mas, em vez do vermelho directo (ah, se tivesse sido contra o Benfica!), houve apenas um amarelo ao Areias... por ter reentrado em campo sem autorização. É evidente que o FCPorto faz tudo isto, porque manobra os árbitros! Então não é?
Até o nosso Hóquei em Patins??? Com a Super Taça na mão, deixam-na voar?! Assim não.

Onde vamos?

Algumas considerações sobre a derrota de Guimarães:

1º- Belo árbitro!!! É certo que perdoou um penalti, por falta nítida do Giourkous (é assim que ele gosta de ser chamado e acho que, nós, os portistas, deveríamos respeitar os seus desejos!), mas pergunto eu: houve igualdade de critérios no julgamento das outras faltas? A falta para cartão amarelo ao Bosingwa é caricata. Quantas houve idênticas da parte do Guimarães que nem assinaladas foram? As lesões do Areias e do Costinha não mereciam admoestação? Jiu-jítsu? Karaté?Somos de facto os beneficiários do sistema, como apregoam os arautos lampiões!!! Vê-se!!!
Gostei particularmente do tempo de compensação, totalmente ajustado.Em qualquer jogo de caca se os intervenientes forem os clubes da circular e o resultado for negativo para esses clubes, não há problema nenhum em compensar com oito minutos se for preciso. Aqui e depois das lesões do Areias e do Costinha o árbitro, muito saltitante e suado, concedeu seis. Pois o histérico e cabotino comentador até a esse pouco tempo conseguia tirar um minuto. São tão estúpidos, meu Deus!
2º - Belo treinador!!! Ideia peregrina esta de pôr o Postiga e o Maciel! Poderão dizer-me quantos remates fez cada um deles durante o jogo? Quantas bolas ganharam de cabeça? Quantas jogadas de perigo efectuaram? Temos gente. Continue, senhor Fernandez. Uma pergunta apenas: o Postiga é melhor que o Hugo Almeida? Olhe que eu duvido. Mas a cereja em cima do bolo foi a entrada do Hugo Leal. Foi uma jogada genial. Sem o Bosingwa, que jogara muito bem, e com o Hugo em campo estava o jogo feito. Viu-se. Esta também foi uma contratação que ainda não percebi. Mas o defeito deve ser meu. Também não compreendo os nossos comentadores desportivos! (A histeria do de hoje foi significativa. às tantas, até julguei que lhe ia dar uma apoplexia!). É erro meu, com certeza.
E o facto de não se ter preocupado com a compensação ao Areias, quando ele estava fora de campo a receber tratamento?! É de muita argúcia, não haja dúvida!
Dizia no último post que este Porto tarda em convencer-me!Será que ainda me convencerá?
Achei incrível que com o Carlos Alberto no banco e, dado que as coisas nunca saíam bem ao Diego, por que não trocá-los? E porquê a troca tão tardia do Postiga e do Maciel? Estavam os dois a jogar tão bem, não era?
3º- Belos comentadores!!! Eu sei que a pobreza é muita, que comentadores com imparcialidade e classe não abundam lá pelas bandas do Canal1 ( nas outras se calhar não é melhor!), mas, francamente, tão fraquinhos e ainda por cima histéricos, parece-me demais. Sei que o Porto não está jogar bem, mas, que diabo, tenham termos. No fim de contas os vossos clubes ainda não ganharam nada!


A minha prezada bloguista Fátima, a simpática e frontal 'rapariga azul' do blog 'sonho azul', insurge-se, e cheia de razão, contra a passagem do jogo com os lagartos para 2ª feira. Acho que os nossos dirigentes não estão a acautelar muito bem as preocupações dos adeptos. Que diabo, os campeões nacionais e europeus ainda somos nós, e são os canais televisivos quem deve subordinar-se aos interesses do clube e não o inverso.
Já no domingo passado foi perfeitamente horrível o jogo às nove e meia da noite. As pessoas no dia seguinte trabalham e não podem deitar-se tarde. Eu cheguei a casa perto da uma da manhã.
Senhores dirigentes, assim não dá. E com a equipa a corresponder desta maneira, ainda pior!



terça-feira, outubro 26, 2004

Que se passa com o meu clube?

Compreendo que a quantidade de êxitos retumbantes, principalmente nas últimas épocas, tanto a nível do futebol como das outras modalidades mais significativas, é tarefa irrepetível, sobretudo nos tempos mais próximos. Compreendo e aceito, porque é muito difícil manter durante muito tempo a conjugação de factores que deram origem a tal sucesso.
No entanto, uma chamazinha, no fundo de mim mesmo, alimentava a esperança de que o estado de graça se pudesse manter por mais uns tempos. Não na plenitude alcançada, mas numa situação de grandeza que pusesse os adversários ( na forma como se comportam connosco não lhes chamaria adversários, mas inimigos!) em respeito e a roerem-se de inveja. E essa chama reacendeu-se quando começaram as contratações que, em princípio, iriam colmatar as saídas do treinador e de jogadores influentes como foram aqueles que rumaram outras paragens.
Que aconteceu, porém? Para lá do equívoco que foi a pré-época e a contratação do Del Neri, a compra e venda de jogadores foi qualquer coisa de surrealista. Não consigo perceber ( a não ser por despropositada guerra clubística com outros clubes) as contratações de jogadores para depois serem cedidos por empréstimo a outros como é o caso do Paulo Assunção ou definitavamente como o Rossato, jogador de categoria, vendido ao preço da uva mijona e que nos está a fazer uma falta tremenda.
Contudo, para mim, os maiores disparates, prenderam-se com a aquisição caríssima do Helder Postiga (o rapaz tem potencialidades, mas precisa, por muitos e bons anos, da rédea curta de um treinador como o Mourinho, rédea essa que, julgo, este treinador lhe não põe), em troca (num mau negócio!) por um sensacional Pedro Mendes, importantíssimo em muitos jogos da época transacta. Não terá sido evidente a razão pela qual o 'menino' não jogava em Inglaterra? Eles não são burros. Foi porque os jornais diziam que os lampiões estavam interessados nele? Deixassem-no ir e que lhes fizesse bom proveito. Ou foi porque o Scolari o convocou? Também convocou o Bruno Vale!
E a manutenção de jogadores medíocres como o César Peixoto e o Maciel? Apesar de não achar o Cândido Costa um jogador por aí além, no meu entender é muito mais consistente que o Maciel. Não teria sido preferível a compra de um Douala ou de um Manduca? Não teria sido melhor um Jorginho?
Por outro lado encetou-se a compra de jogadores jovens para a equipa B, jogadores apresentados como de inegável talento, mas que, no respectivo campeonato, parece que desaprenderam, visto que acumulam uma série de insucessos que não se coadunam com o investimento efectuado. Será culpa do treinador? Ou então de quem é?
Têm condições de trabalho como nenhumas outras equipas. Por que não aparecem os resultados?
Perderem em casa com os Dragões Sandinenses e outros resultados similares é uma vergonha que só os desprestigia. Não me digam que é com estes jogadores que se está a pensar para uma futura grande equipa?
Nas camadas mais jovens passa-se a mesma coisa. Com muito menos recursos outros clubes alcançam resultados que os nossos não conseguem. Porquê? Já se julgam vedetas só pelo facto de vestirem de azul e branco? Creio que estes problemas deveriam merecer uma reflexão atenta por parte de quem dirige.
Nas outras modalidades a mesma coisa. Nas épocas passadas alardeámos uma superioridade incontestável, mas os outros não ficaram a dormir. Temos que estar atentos para não nos deixarmos ultrapassar.
Neste defeso o meu clube deu-me a impressão de um funcionário público remediado que, à custa de muito trabalho, dedicação e sacrifício, conseguiu alcançar um estatuto que os colegas invejam, mas receiam. De repente sai-lhe a sorte grande. Não só começa a esbanjar o que ganhou como a perder os valores que o nortearam.
Oxalá esteja enganado e estas considerações não sejam mais do que uma hipocondríaca manifestação de pessimismo.
É que, para que o meu clube continue a ser cigarra, é preciso que as formigas que o compõem continuem a trabalhar como o faziam ou, se calhar, ainda mais.



domingo, outubro 24, 2004

A minha contribuição

Tive uma ideia muito gira.
À semelhança do que o nosso primeiro-ministro alvitrou para os professores com horário 0 nas escolas, os outros que não ficaram colocados podiam ir assessorar os médicos e os cirurgiões para ajudar a acabar com as listas de espera. Não está bem pensado?
Assessorem, que é o que está a dar

sábado, outubro 23, 2004

Questões de azia

Há intuições que são a melhor defesa que uma pessoa pode ter.
Sempre me pareceu o 'Record' um jornal (?) detestável e, como tal, por uma questão de princípios, não o compro . Todas as vezes que, por um acaso qualquer, me chega às mãos constato que as impressões negativas que intuia não só se mantêm como tendem a aumentar vertiginosamente. Trata-se de um exemplo flagrante do que é fazer mau jornalismo. Se é que se pode chamar àquilo jornalismo. A falta de isenção é notória, o ódio acirrado contra o Porto é o prato favorito dos principais articulistas, o revanchismo e o ódio, umas vezes encapotado, outras de forma mais evidente, contra o presidente do clube são a preocupação dominante em todos os artigos, notícias e comentários relativos ao Dragão.
Os néscios estão convencidos de que uma mentira habilmente instilada e de sobejo repetida se transforma em verdade insofismável!
Deve ser essa a razão por que, há quase um quarto de século, andam a tentar derrubar Pinto da Costa e deve ser essa a razão por que cada desilusão face aos nossos sucessos se transforma em mais uma pedra no sapato a ajudar no rancor mesquinho que destilam.
O que devem penar os infelizes! Eles e quem se acoita por trás deles. Administradores e quejandos. Calculo como estes dois últimos anos devem ter sido de angústia e frustração! Há um pensamento célebre de que não recordo o autor que diz: «Deus conceda muitos anos de vida aos meus inimigos para que eles possam ver as minhas vitórias!». É o que deve pensar Pinto da Costa ao deparar com esta sabujice pasquineira.
Hoje, por acaso, no café onde, enquanto tomo a bica matinal, costumo passar os olhos por outros periódicos que não aqueles que diariamente compro, dei por mim a folhear esse jornal que muitos dos nossos correligionários portistas apelidam de avante verde e confesso que fiquei enojado.
Um tal de Marcelino, pretendendo censurar o Kadhafi e o seu acólito cristão-novo, como lhe chama e muito bem o MST, mais não faz do que mandar ferroadas ao nosso presidente; um outro que parece se chama Tadeia deve ser estrábico, porque consegue ver o que as pessoas sérias não vêem, arruma umas patacoadas venenosas e fica convencido de que já ganhou o dia e pode ir para casa descansado. Os 'patrões' devem ter ficado satisfeitos! E um Gobern, acho que também se chama João, valha-nos Deus, se aquilo é jornalista, pobre classe! Coitado, é assim que se 'goberna', como diria a D. Bitória.
Os infelizes estão convencidos - se calhar até não estão! - de que conseguem enganar a gente bem formada e séria. Só enganam quem quer ser enganado ou então... quem se revê em tais processos rancorosos e mesquinhos.
São o avante verde. Não tenho a menor dúvida.
Também a SIC durante anos e anos ( com o dedo do lampião Rangel por trás ) andou em vergonhosas campanhas difamatórias, convencida que estava de assim poder destruir a força do nosso F.C.Porto. Dizia que o poder da TV era tanto que do mesmo modo que vendia um sabonete podia fazer eleger um presidente. Eleger ou destruir! Enganaram-se. Custou-lhes muito, mas tiveram que dar o braço a torcer. Contudo eu não sei se foi um bem. Gosto muito mais de ver todos estes espertos a espernear.

sexta-feira, outubro 22, 2004

O PRESIDENTE

Um dos sentimentos que distingue os homens que o sabem ser daqueles para quem tudo vale e não há valores nem regras é o sentimento da gratidão. E os portistas sabem ser reconhecidos. Como nenhum outro clube do nosso país, aliás. Estou a lembrar-me das manifestações de luto e dor, aquando da morte de Pedroto, do Pavão, do Zé Beto, do Rui Filipe...estou a lembrar-me das explosões de alegria e gratidão, aquando das tantas e tantas conquistas ao longo do seu historial...
O nosso clube sem precisar dos ditirambos de uma imprensa hipocritamente louvaminheira e bajuladora como é aquela que vive à sombra dos interesses do e da capital sempre soube ser grato a todos aqueles que o serviram com dedicação exemplar, quer tenham sido dirigentes, quer técnicos,quer tenham sido jogadores ou funcionários.
Era eu pequeno, de calções, e o presidente do clube era um médico natural da terra da minha família materna e que tinha a sua casa paredes meias com a casa de um tio meu. Chamava-se Urgel Horta. A minha mãe, avós e restantes familiares respeitavam-no muito. Um dia, nós, rapazes, que passávamos as férias na aldeia, resolvemos fundar uma equipa de futebol e, como não tínhamos equipamentos, resolvemos pedi-los ao Dr Urgel Horta, convencidos de que nos mandaria dar uma volta. Imaginem a nossa surpresa, alegria e orgulho, quando, nesse mesmo Agosto, na festa mais importante da terra e no desafio contra a rival aldeia vizinha, entrámos em campo com equipamentos azuis e brancos, novinhos em folha, oferta do doutor!Deve ter começado aí a minha admiração, o meu entranhado amor pelo F.C. do Porto.
Na galeria dos grandes presidentes de que me recordo há vultos como Cesário Bonito, Paulo Pombo, Ferreira Alves, Nascimento Cordeiro, Pinto de Magalhâes, Américo de Sá, homens que no decorrer dos meus já longos anos de portista sempre pugnaram pelo engrandecimento do nosso clube.
Mas o maior de todos foi, é e será o nosso Presidente Jorge Nuno Pinto da Costa. Que quase todos nós adoramos ( há alguns, poucos, portistas ressabiados, que lhe mordem por trás, porque no seu egolatrismo julgaram merecer mais do que deviam!) e que os nossos adversários (inimigos!?) odeiam e invejam, mas que quase todos gostariam de ter à frente dos seus clubes. Ah, se gostavam. Eu, pessoalmente devo-lhe as maiores alegrias desportivas que jamais sonhei ter.E que nunca esquecerei. Em todas as modalidades.
Então os dois últimos anos foram sensacionais. Espectaculares.
À boa maneira alentejana, que cultivei e cultivo há mais de quatro décadas, uma expressão apenas para testemunhar a minha infinita gratidão: «Bem Haja, Presidente!».
Quer-me parecer, porém, que nesta nova época houve certas precipitações. A planificação desta temporada não foi nos moldes das anteriores, as contratações e as dispensas levantam-me reservas e isto para não falar da questão dos treinadores.
Já com o Octávio Machado, que, no entanto, considerei ter feito um bom trabalho de adjunto, foi um tiro no pé. Como treinador foi uma desgraça e como homem é cão que morde a mão do dono. É vê-lo na campanha difamatória que, dizendo-se portista, faz ao presidente e ao nosso clube nos jornais e canais televisivos que sempre o vilipendiaram. Sinceramente não é flor que se cheire. Não me admiraria nada que um dia destes estivesse também a fazer parte do staff do " kadhafi dos pneus", porque o lampião gosta de gente assim.
Quanto à planificação da presente temporada e à fraca prestação da equipa, voltarei noutra oportunidade.



Erros

O bloguista do Douro Azul errou:
É o que acontece a quem está muito tempo sem praticar, os neurónios enferrujam e depois aparecem coisas destas.
Ontem, no meu último blog, ao referir-me às pressões políticas que o anti-portista primário, Rui Gomes da Silva, fizera no caso do Prof. Marcelo, apodei-o de secretário de Estado, pois entendia que tão brilhante cabeça já tinha atingido o grau máximo enunciado no Princípio de Peter .
Afinal estava enganado. Como são as coisas. Neste mundo há cada surpresa! Este lampião militante, assanhado troglodita, declarado incendiário das masoquistas hostes que se vestem de vermelho contra a evidência Azul e Branca, este santanista dos sete, dez, vinte costados (Deus os fez, Deus os juntou !) não é secretário de Estado. É ministro.
Ministro dos Assuntos Parlamentares. Vejam lá, um lampião ministro parlamentar!
Para lamentar é que o seja !

quinta-feira, outubro 21, 2004

Comentadores desportivos e outros que tais

Tenho-me insurgido contra o sectarismo ignóbil, o facciosismo abjecto, a despudorada falta de isenção e a indisfarçável clubite aguda, ressabiada e frustrada, da maior parte dos nossos comentadores desportivos, pricipalmente daqueles que enxameiam os jornais desportivos afectos aos clubes da 2ª circular, comentadores esses que, de tão estúpidos, nem conseguem disfarçar a sua encapotada isenção, mostrando desde o início de qualquer transmissão uma manifesta sanha anti-portista que seria de meter dó se não fosse tão ridícula.
Não é só no futebol. É em qualquer modalidade. Salvo no Futsal. Por que será?
Atentem nas transmissões feitas pela SPORTV e pela 2, principalmente aos sábados . Se um dos clubes intervenientes for o dos lampiões ou o da lagartagem, já se sabe o pendor dos comentários. Se for o F.C.do Porto, então são declaradamente anti-portistas. Qualquer que seja o clube adversário. É aquilo a que se pode chamar uma vergonha!
Com estes comportamentos acirram os espectadores, incendeiam a assistência e depois, com falinhas mansas e ar angélico de virgens inocentes vêm proclamar, quando os ânimos se exaltam, que os incendiários são os outros, sempre os outros: dirigentes, árbitros, jogadores, espectadores...
Mão limpas... impolutos, isentos (ah, ah, ah...) só eles. Tão imaculados que a cor vermelha ou verde com que se travestem não é de propósito. Acontece por acaso. Bandalhos !


Estou farto de dizer: cada clube tem os dirigentes que merece. Vale (e Azevedo)...Veiga...Vieira...
Va...ve...vi... falta o vo... e falta o vu... Será vómito? Será vurmo? É por essas e por outras!!!


O País alterou-se com a 'bacorada' fascistóide e persecutória do Secretário de Estado, Rui Gomes
da Silva na pressão sobre a TVI. Qual o espanto? Não se trata de mais um indefectível lampião, para quem esses processos são o pão-nosso de cada dia? E o Pais do Amaral outro que tal?

Outra vez do mesmo

Esta é a terceira tentativa para retomar a minha actividade bloguista. Como se diz que à terceira é de vez, vamos ver se bate certo. É que os tempos que correm não podem passar sem comentários, sem desabafos, tal o surrealismo em que vamos vivendo...

Raul Brandão referia um comentário de um escritor francês que, a propósito de os bois ajudarem os pescadores a arrastarem para terra as redes da pesca, achava que este nosso Portugal era um país estranho onde os bois iam lavrar o mar. Eu também acho que é um país estranho. Então não é que o Primeiro Ministro deste mesmo país cancela a sua presença num jantar de Estado, para mais tratando-se da despedida do chefe de uma nação cujos laços de amizade e cooperação deveríamos preservar e dinamizar, para, benza-o Deus, estar presente num acontecimento relevante como é a 'moda Lisboa'.
Eu sei que os protocolos são uma xaropada, que deve ser bem mais agradável estar rodeado da corte beijocadeira (só um, se faz favor!!!), bajuladora, muito jet, muito in, intriguista e muito oca, sempre presente nestas mundanices de frivolidade e hipocrisia do que numa refeição onde o glamour (oh, o tão famoso glamour!) não se presta à etiqueta! E então com a perspectiva das mamocas ao léu no decurso do desfile! Tão tentadoras e apetecíveis que só de pensar nelas a boca começa a salivar! Há lá interesse de Estado que resista!
Estranho país o nosso.