quarta-feira, novembro 24, 2004

Lá vamos cantando e rindo...

  • - Aqui há dias , depois de em Barcelos se ter entronizado outro galo que não aquele que salvou da forca o infeliz injustiçado, contaram os jornais que o conselho de ministros deste governo que, na prossecução da sua genial intenção de economizar uns tostões para o erário público, vai vilegiaturando as suas sessões pelo país fora, teve lugar a bordo do navio-escola 'Sagres'. Não sei se o 1º ministro ou o ministro do mar tiveram a preocupação de saber se os seus comparsas de governação eram atreitos a enjoos ou não, o que é certo é que ele se realizou e o ministro de estado (do estado a que isto chegou, penso eu!) até se deixou fotografar com um boné da marinha, o que fica sempre bem nesta celebrada circunstância. No entanto, apesar de eu reconhecer que a minha opinião poderá colidir com a de um tal gabinete de imagem, criado para este e outros efeitos similares, creio que uma ideia mais original poderia ter um impacto muito maior e, com certeza, iria adequar-se melhor ao propósito dos nossos governantes. É minha profunda convicção que, para assinalar convenientemente a efeméride do dia do mar, o conselho de ministros deveria ter tido lugar não no navio, mas debaixo de água, mesmo defronte da Torre de Belém. Todos de escafandro, para não meterem mais água do que aquela que metem em terra quando decidem nos ministérios, proporcionariam uma reunião original e que com toda a certeza seria falada em toda a parte. Não decidiriam nada, porque também não é para isso que lá vão, uma vez que já está tudo decidido, mas tinha, pelo menos, o mérito de ser diferente. Entrementes, enquanto a população, apinhada no cais, gritaria delirante:« Portas ao mar! Portas ao mar!», uns poucos de bandeira e cachecol, impantes de nostalgia, cantariam num soluço: «heróis do mar...». Seria tão bonito.
  • - Quero começar por dizer que não me tenho na conta de racista nem de xenófobo. No entanto, há alguns problemas relacionados com a imigração que me fazem pensar e até, em certa medida, me preocupam. Quando, na década de sessenta se reacendeu o fenómeno migratório em Portugal, primeiro para a Europa e depois para África, os emigrantes (independentemente das razões políticas, económicas... que os levaram à dramática decisão de partir), quando chegavam aos países de acolhimento, inseriam-se no mercado de trabalho local e com o seu esforço ajudavam a criar riqueza para esses mesmos países. No caso de Portugal, como país de destino, a situação é totalmente diferente. Tirando o caso dos imigrantes de leste, de grande número de brasileiros e dos africanos das ex-colónias e de alguns territórios vizinhos que, na construção civil e noutros segmentos do mercado de trabalho, fazem entre nós aquilo que nós fazíamos e fazemos nos países para onde emigrámos, o que fazem os restantes imigrados? Qual é a contribuição da enorme massa de magrebinos (marroquinos, argelinos, tunisinos...) para o produto interno bruto? Qual é a contribuição dos milhares de chineses e demais orientais que, exceptuando aqueles que investiram na restauração, enxameiam as cidades, as vilas e até as aldeias com lojas de minudências? Qual é a contribuição dos ciganos (quem os viu e quem os vê!) muitos deles romenos, ciganos que ou se dedicam ao negócio muitas vezes, atrevia-me a dizer quase sempre, muito escuso (tráfico de droga, de armas e sei lá que mais... as fortunas não caem do céu aos trambolhões) ou então à pedinchice mais abjecta? Trabalhar é que não é com eles. O trabalho não se dá com os magrebinos, nem com os chineses, nem com os ciganos... Deve cansar muito.Traficar, enganar, burlar, se possível roubar.Isso sim. Por que será que com tanto cigano, com tanto magrebino por essas terras, por essas feiras, feirinhas e feirotas, por essas estradas de Portugal eu, que até percorro o país com frequência, ainda não vi uma operação stop em que eles fossem fiscalizados? Por que será? Será por mero acaso? Oxalá não estejamos a meter entre nós o cavalo de tróia da nossa destruição.

terça-feira, novembro 23, 2004

Coisas do arco da velha

  1. - Aproxima-se o jogo do tudo ou nada referente à Liga dos Campeões. Vamos lá ver se desta vez conseguimos aquilo que até aqui não foi ainda possível, umas vezes por incúria outras por falta de sorte: a vitória. Tem de haver coragem, união, serenidade e confiança. E lutar até ao fim. Se juntarmos todos estes predicados e um bocadinho da sorte que teima em nos faltar,venceremos.
  2. - Ou eu me engano muito ou anda tudo às avessas. Em tempos não muito distantes, se bem me lembro, como diria o saudoso Vitorino Nemésio, houve para aí um presidente de clube e o seu convertido sacristão que, a propósito de um prélio com um clube que lhes provoca engulhos, insónias, azia e todo a panóplia de distúrbios neuro-fisiológicos, resolveram, antes do referido jogo, encetar uma vergonhosa campanha de intimidação do adversário (o problema dos bilhetes, a dispersão dos adeptos contrários,etc. etc.). Como perderam o desafio, o espectáculo proporcionado pelos referidos senhores (até me custa chamar 'senhores' a indivíduos daquela estirpe) foi dos mais vergonhosos e deprimentes que alguma vez teve lugar num final de encontro. Pois não são esses mesmos senhores, acompanhados por um outro "oco de tino", que têm o desplante de pedir audiência a dois membros do governo(???) para, Deus do Céu, darem o seu valioso contributo, em prol da dignificação do fenómeno desportivo em Portugal. Aonde chega a arrogância e a desfaçatez! E os senhores membros do governo, com muito subserviência, aceitaram. Se calhar o contributo foi tão somente este «nós demos o nosso apoio ao vosso partido, nas últimas legislativas; se não nos derem o título desta época, iremos apoiar o outro!» Nesta perspectiva, podiam lá deixar de os receber!!! Se os da oposição e os do governo, são, no fim de contas, farinha do mesmo saco!
  3. - Li hoje num jornal muito atreito a esse tipo de informação que, de todo o elenco ministerial, sete são lagartos, seis são lampiões, dois 'velhos do restelo', três sem filiação clubista (se calhar à espera de ver como param as modas!) e um híbrido que tanto apoia o Porto como o Boavista (será possível?). Como se vê pela notícia, trata-se de um governo profundamente descentralizado, que nada tem a ver com a macrocefalia lisboeta, que transfere para a política o profundo empenhamento descentralizador que o anima. Tão inocentes que eles são! É por essas e por outras que andamos tão bem governados! É por essas e por outras que a arrogância e a prepotência dos clubes da capital são cada vez mais manifestas! E nós? Vamo-nos entretendo a dar tiros no pé.
  4. - O problema da Federação Portuguesa de Andebol é um verdadeiro "case study" naquilo que o desporto federado tem de mais negativo e promíscuo. E também da inépcia e da insensibilidade do governo em geral e do secretário de estado em particular. Como é possível que se tenha deixado arrastar um problema ao longo de três anos com manifesto prejuízo dos clubes que investiram na modalidade, contratando técnicos e jogadores para poderem participar nos campeonatos europeus para, depois de todo o esforço e empenhamento, serem impedidos de o fazer pela prepotência atrabiliária e peçonhenta de alguém que se arvora em dono e senhor da modalidade, num egolatrismo inqualificável, só possível porque tem por trás, por um lado uma caterva de imbecis, aduladores e serviçais que se dizem mandatados pelas respectivas associações as quais pouco ou nada têm feito pelo andebol, por outro pelos clubes da capital (o exemplo dos lagartos é a prova manifesta da traição aos compromissos assumidos), especialmente de um certo clube (era capaz de apostar!) a quem a hegemonia dos clubes do norte (hegemonia que ele pretende recuperar a todo o custo) causa demasiados engulhos. É obvio que sem clubes como o ABC, o Porto, Águas Santas e os demais da Liga o percurso se torna muito mais fácil!... Com tantos prejuízos ao longo de todo o processo, como é que só agora foi possível tomar a decisão que se tomou! E ainda por cima com novas chantagens a desenhar-se no horizonte!? Que diabo de governo é o nosso?
  5. - Ainda e a propósito. Não houve um celerado que ousou censurar o Carlos Resende pelas posições assumidas enquanto vice-presidente da associação de jogadores? Um mentecapto qualquer que, se calhar, nunca pegou numa bola de andebol ou então era capaz de pensar que se tratava de uma bola de futsal, a criticar o melhor jogador português de todos os tempos por este ter tido a coragem de denunciar a pouca vergonha do comportamento federativo. Vê-se bem que o tal indígena deve ser um estrénuo defensor da modalidade. Há gente muito imbecil.
  6. - 900.000 euros é muito dinheiro. Há disparates que custam muito caro! E se tivesse sido só este!
  7. - Senhores jornalistas de Lisboa e arredores: se o Pauleta ultrapassar o Eusébio em golos marcados ao serviço da selecção passa a ser o imperador Pauleta? Ou o moçambicano é pura e simplesmente destronado?
  8. - Não deixem de ler o artigo de hoje do Miguel Sousa Tavares na rubrica 'Nortada', intitulado "Também queremos fazer queixinhas". Simplesmente delicioso.

sábado, novembro 20, 2004

Grande treinador

"Erros nossos, má fortuna e violência
Em nossa perdição se conjuraram
Como os erros e a desordem sobejaram
A derrota tornou-se uma evidência!"

Faço aqui uma adaptação camoniana que, julgo, sintetiza a minha frustração, o meu desencanto, a minha raiva, com o resultado desta noite no 'Dragão'.
Tanto apregoaram que o Porto era a única equipa sem derrotas no seu estádio, após a inauguração do mesmo, que, logo no primeiro desafio após o aniversário, soçobrou. Poder-se-ão arranjar algumas desculpas para o desaire, mas a realidade é insofismável. Estamos a aproximar-nos a passos largos das exibições desconexas, descoloridas e medíocres do tempo do Octávio .
Já não somos a equipa dos campeões europeus (andamos apenas travestidos de campeões) e não são só as lesões a justificar o descalabro. Falta muita coisa mais e isso é que dói.
Aliás, se a SAD quiser, ainda se vai a tempo de mudar de agulha e recuperar alguma coisa.
É altura de se fazer a conveniente análise do que tem corrido mal e de pôr os dedos na ferida ou nas feridas. Agir enquanto é tempo e acabar com jogadas de bastidores que, em vez de moralizar, têm o efeito precisamente contrário. Não se venha com argumentos falaciosos, desculpas de mau pagador para enganar papalvos como é costume fazerem os nossos adversários, reconheça-se onde se errou e procure-se remédio. Isso é que é ser grande.
Este ano foram feitos muitos erros. Demasiados erros. O nooso presidente, inteligente como é, tem que reconhecer que a política das contratações disparatadas só para que um ou outro jogador não tivesse ido para os rivais foi uma asneira pegada. Por outro lado, já alguém pensou por que é que o Mourinho quis fundamentalmente jogadores portugueses? Por alguma razão foi. Nós pomo-los a rodar noutras equipas e depois... dispensamo-los para contratar mais uns brasileiros. Cada vez mais brasileiros. Não percebo, francamente não percebo.
Má escolha de treinadores, má política na contratação e dispensa de alguns jogadores (não me conformo com a dispensa do Pedro Mendes e a onerosa vinda do H. Postiga), uma preparação física a deixar muito a desejar, tudo junto tinha necessariamente que dar nesta embrulhada.
Onde vamos parar com tudo isto? A Taça dos Campeões a esfumar-se sem honra nem proveito
(iremos à UEFA? duvido); a Taça de Portugal perdida; o Campeonato periclitante; a
Intercontinental, sabe Deus!...E tudo isto com o treinador muito delicodoce, muito diz que diz, e com que resultados?! Nada. Seria preferível calar-se e ir para a bancada. Sempre via melhor.
O Boavista não jogou nada. Mas ganhou três pontos. Pode-se lá admitir a expulsão do Benni? Por muitas razões que tivesse, um jogador com o traquejo dele, deixar-se cair na infantilidade de socar o adversário?
Admite-se o amarelo do Baía? Admitem-se os falhanços sozinhos dos avançados em frente do guarda-redes?
Sabem por que é que o Seitaridis raramente passa o meio- campo? Porque está estourado e , apesar disso, é o único da defesa que tem velocidade para acompanhar os adversários, quando entram em contra-ataque. Temos alternativa para o pôr a descansar? Que flanqueadores temos? O Leandro não virá para ir para o estaleiro?
Não se pode censurar a entrega dos jogadores no jogo de hoje. Mas faltou clarividência e alguma sorte. No entanto, há muito a corrigir, disso não haja a menor dúvida. Enquanto é tempo. Comparar esta época com a anterior é querer tapar o sol com uma peneira. Deixemo-nos de subferfúgios, Pinto da Costa.




Declarações bombásticas

Chegou-me novamente às mãos um sem número de declarações de alto calibre das quais respigo umas poucas:

  • - «Se não tivermos sucesso, corremos o risco de fracassarmos.»
  • - «Uma palavra resume provavelmente a responsabilidade de qualquer dirigente. E essa palavra é: "estar preparado".»
  • - «Eu tenho feito bons julgamentos no passado. Eu tenho feito bons julgamentos no futuro.»
  • - «Nós estamos preparados para qualquer imprevisto que possa ocorrer ou não.»
  • - « Eu mantenho todas as declarações erradas que fiz.»

De quem são estas bombásticas declarações, próprias de um espírito superior, de um ser iluminado, de alguém que, apesar dos detractores, só pode ser um predestinado?

Não, não são do 'Kadhafi dos pneus', embora pudessem ser totalmente subscritas por ele, talvez com ainda maior verosimilhança. Não, desta vez não são dele.

Não, também não são do seu fiel acólito, o cristão-novo das boas contas com o fisco, embora pudessem ser igualmente subscritas por ele, com um empolgamento ainda maior.

Estas declarações, entre muitas outras do mesmo jaez, foram proferidas pelo presidente, pelo presidente... (não, não foi pelo presidente lampião, nem pelo Mano Nunes, nem pelo 'xéxé da tola'...), foram proferidas pelo presidente dos USA. Está dito. Como dizia o outro: também está bem.

Já sei o que o presidente lampião vai dizer ao governo. Sem querer descaiu-se. É que os lampiões vão começar a ganhar o campeonato, quando vierem jogar ao Porto. Não disse foi o ano.

Agora até os que eles puseram na Liga, na arbitragem e no CD da Liga não prestam? Estou como dizia o Mourinho: «dê-se-lhe o campeonato por um decreto!». É mais fácil e, no fim de contas, lesionam-se menos jogadores do FCP.

Eu não disse que o Simãozinho já ia estar bom? E se calhar o Miguel também! E andamos nós a aguentar o parasita do seleccionador! O que eu me quero rir quando for a vez de ele se pegar com a lampionagem!

E pronto. Vamos para o Dragão que se faz tarde.

quarta-feira, novembro 17, 2004

Missão cumprida na RTP

Com a devida vénia, transcrevo do 'Público' de hoje parte do artigo de Luciano Alvarez com o título em epígrafe, artigo esse que pela sua preocupante actualidade e pelo cada vez mais evidente estender dos tentáculos do polvo que nos pretende governar e sufocar, assente numa estratégia bem medida e calculada, nos deveria fazer pensar e, se calhar, agir.

(...) " Rodrigues dos Santos não se demitiu, foi demitido, porque nenhum director de informação pode aceitar que seja a administração a decidir questões que dizem única e exclusivamente respeito à área editorial. Os administradores sabiam-no e não cederam, porque queriam que Rodrigues dos Santos saísse. A avaliação de que falava o membro do Governo (Morais Sarmento) há muito que estava feita.
Surpresa? Nenhuma. A saída de Rodrigues dos Santos faz parte da anunciada estratégia de controlo da comunicação social por parte do Governo e que já deu vários passos.
A TVI do amigo Paes do Amaral está parcialmente tratada; o 'Diário de Notícias' já está controlado; na RTP o assunto acabou de ficar resolvido. Segue-se o 'Jornal de Notícias', a TSF e a imprensa regional do grupo PT, que, se não entrarem na linha por iniciativa própria, as administrações tratam do assunto como aconteceu agora na RTP e já tinha acontecido no 'DN'.
E tudo isto tem de ficar concluído com alguma rapidez. É que Santana Lopes quer ficar mais dez anos no poder e, por isso, tem de resolver estas questões até 2006, ano em que há eleições presidenciais e legislativas."

Mais palavras para quê? Ou julgam que, se não se estivessem a mover os cordelinhos dentro do governo e na já por si bajuladora comunicação social, o kadhafi se atreveria a pedir audiência a dois membros do governo para se queixar das ocorrências num prélio em que se comportaram vergonhosamente, antes e depois do desafio, foram beneficiados durante todo o encontro, mas, ó azar dos azares, não conseguiram ficar com a diferença dos 7 almejados pontos! O mais grave, preocupantemente grave, é que a solicitação foi atendida! Quanto vale ter um Bagão e um Rui Silva na governação. E outros. Quantos são, quantos são?

Conta -gotas

  • - Um dos mistérios mais insondáveis com que tenho deparado nos últimos anos do meu mais que cinquentenário acompanhamento do fenómeno desportivo em Portugal, são as estranhas lesões de alguns jogadores da selecção pertencentes a um certo clube, lesões que os impedem de dar o seu contributo à equipa nacional, mas, passado o encontro a meio da semana, ficam logo miraculosamente aptos para jogar pelo seu clube. No entanto, passadas as lutas intestinas, e se estiver em causa a presença num campeonato da europa ou do mundo, não há mazelas que lhes cheguem! É ou não é um mistério?
  • - Estranha não deixa de ser a forma discricionária como são tratados os jogadores: uns, sobrecarregados ou não, são pau para toda a colher, outros são poupados por dá cá aquela palha! Lembram~se do Costinha num jogo de preparação para o Euro? Foi o único a fazer os 90 minutos. A saga continua. Ah, Madail,Madail !...O que é que se esconde por trás?

terça-feira, novembro 16, 2004

Faz hoje um ano

Dia 16 de Novembro do ano da Graça de 2003. Inauguração do belo, magnífico, confortável, acolhedor, deslumbrante, grandioso ESTÁDIO DO DRAGÃO. O Estádio do meu clube. O grande Estádio da minha cidade. O Nosso Estádio.
Foi um dia de emoções fortes. Era o orgulho de ser um portista de sempre, de desde que se conhece, um portista que ama e estremece o clube da sua paixão, um portista que viveu as horas de glória e as vicissitudes com o mesmo denodo e a mesma devoção com que se enfrentam as grandes causas; era a honra de pertencer a um clube que o mundo inteiro respeita a acarinha e que, se dentro de portas não tem a mesma consideração, é apenas por inveja, mesquinhez, despeito e estultícia.
E a festa foi linda de se ver! Que espectáculo! Por que será que duas pessoas que pouco ou nada tinham a ver com o F.C. do Porto, passaram a admirá-lo e respeitá-lo a partir dessa altura: refiro-me ao arq. Manuel Salgado e ao ilusionista Luís de Matos!
Bem hajas, meu Porto, meu Porto tão velhinho, mas de eterna mocidade!


Hoje, ao compulsar o 'Avante Lampião', pecado que cometo às terças-feiras, por culpa exclusiva do meu prezado consócio Miguel Sousa Tavares, deparei, na página seguinte àquela onde vem a sua refrescante 'Nortada', com um artigo de opinião de um tal Fernando Guerra ( com dois dedos na face e um no queixo numa mise en scène da estátua de Rodin), um artigo epigrafado: «Afinal eles são maus...». Pensei de imediato que devia estar a relatar o inqualificável acto de selvajaria ignara e estúpida dos adeptos benfiquistas, no fim do jogo com o Marítimo, vandalizando a sede da Casa do F. C. do Porto, que ainda nem inaugurada foi. Salafrários que, não contentes, agrediram ainda dois agentes da autoridade, a ponto de terem de ir socorrer-se ao hospital. No meio da balbúrdia toda, o grito era «atirem que é dos dragões». Os imbecis.
Ó santa ingenuidade minha, o artigo em causa não era nada do que eu supunha ( em todo o jornal não há, que eu visse, uma linha que seja a verberar as atitudes de tais díscolos - ai se fosse ao contrário!), mas antes trazer à colação o Olegário Benquerença e todo os restantes membros da arbitragem, no fim de contas, os únicos responsáveis pelo estado, presumo calamitoso, em que segundo ele se encontra o futebol nacional. Afinal os maus são eles, sim, são eles... os árbitros. Os famigerados árbitros. Os piores dos últimos vinte anos, conforme revelou à TVI, o renomado, o super-conceituado. o eminente, o sábio, o dos mil- olhos que tudo enxergam, tudo catam, tudo espiolham em fracções de segundo, o que, em milésimos do mesmo segundo, com tal acuidade, consegue aperceber-se daquilo que ao comum dos mortais nem passa pela cabeça, o grande, o magnífico, o incomensurável Jorge Coroado, cujas afirmações têm por base opiniões de pessoas que ele considera com profundo conhecimento de causa.
Pronto. Não se fala mais nisso. O Coroado ( como é que se esqueceram de o coroar como rei da arbitragem? tanto que gostaria, apesar de pigmeu!) dixit. Que se há-de fazer? Amen.
Mas o tal de Guerra (com dois dedos na cara e um no queixo, numa mise en scéne frustrada da estátua de Rodin) não se fica pelos árbitros. Acrescenta também os dirigentes da arbitragem. Claro, os dirigentes. Porventura, até tem razão! Se também lhes acrescentarem os jornalistas, principalmente a maioria dos jornalistas desportivos. Senhores de uma verdade muito enviesada, muito distorcida e facciosa, muito peculiar. Mas disso não falam eles!
O mais interessante é que este estertor pútrido e nauseabundo se ergue depois de uma arbitragem que foi de uma maneira global contra o F. C. do Porto e os dois lances em questão
foram ajuizados acertadamente, como foi demonstrado, mas que a frustração teima em não reconhecer. É bem verdade que o maior cego é aquele que não quer ver.

Como seria o discurso
Se houvesse um outro percurso
Do almejado campeão!
Guerreia, Guerra, guerreia
A ver se fogo se ateia
E se arma a confusão
Para depois, feito o braseiro,
Acorreres como um bombeiro
Com uma agulheta na mão! ... e, com desleixo, dois dedos na cara e um no queixo !

segunda-feira, novembro 15, 2004

Desconsolo

  1. - Não bastava a desgraça do Bush ( ainda não percebi a euforia masoquista da direita portuguesa!), agora é o Santana a dizer que quer governar até 2014. Só se for para depois se gabar de não ter ficado pedra sobre pedra!
  2. - Mas também que alternativa? Todas as oportunidades de governação que são dadas ao PS são esbanjadas em disparates. Esta porca da política de que falava o Bordalo!
  3. - Será da minha vista ou muitos dos históricos do PPD estão a perder protagonismo?
  4. - E, ainda mais preocupante, o Norte cada vez mais longe do poder com a assunção de muitos e novos baronetes?
  5. - É curioso que o 1º ministro, cuja faceta mais marcante é a de abandonar a meio tudo aquilo em que se mete, venha proclamar que pretende mais dez anos de governação. Para quê? Para continuar os disparates dos primeiros meses em que um dia diz uma coisa no outro dia diz outra, um dia um ministro diz que é de uma maneira, no outro ele vem contradizê-lo? E umas centenas de alarves, acéfalos e acríticos aplaudem entusiasmados tais dislates!
  6. - Será que um dia poderemos ter aqui em Portugal a Social-Democracia que Portugal merece e com que sonho?
  7. - Uma marca importante desta governação é a constante obsessão pela duplicação. Há dez assessores? São poucos, duplique-se.Quantos são os seguranças? Evidentemente são poucos, muito poucos, duplique-se. São só dois os vice-presidentes do partido? Como é que isto pode ser? Duplique-se, que raio, duplique-se. Será isto um governo ou é só um duplicado? E ainda por cima em papel de segunda.

domingo, novembro 14, 2004

Perguntar ofende?

  1. - Por que razão o "Senhor dos Milhões" ( que lhe são dados pela Federação e, no fim de contas, por todos nós) não convocou o Nuno Valente, já que a lesão deste jogador levantou sérias reservas aos competentes federativos, aquando da sua ocorrência? Podiam reavaliá-lo outra vez, não se tenha dado o caso de...
  2. - A contratação do Leandro não quererá dizer que o Nuno Valente da faca não escapa?
  3. - O que andam a fazer os nossos jovens da equipa B? Será defeito deles ou do treinador? Francamente não percebo os resultados.
  4. - Quem oferece uns óculos ao Jorge Coroado? O pobre do homem vê coisas que os outros não vêem e não vê o que os outros vêem! Ou será a azia que interfere na visão?
  5. - Para lá do seu proverbial e primário anti-portismo, por que se atira tanto aos seus colegas de profissão numa pesporrência de insinuações e indirectas próprias de quem está ressabiado? Não lhe fica bem.
  6. - É certo que, se o seu egolatrismo e a sua vaidade fossem foguetões, dava para dar a volta ao sistema solar, mas será que o JC foi assim tão bom árbitro como quer fazer parecer? Eu ainda me lembro de arbitragens de m... do referido senhor. E quanto a isenção estamos conversados. No entanto os outros é que são ignorantes e corruptos. Pois... como o Solnado proclamava a afirmação da tia!
  7. - Há uniformidade de critérios na arbitragem quanto à distância das barreiras na marcação dos livres? Para uns a distância não chega aos 9m. e 15, para outros (Bruno Paixão, p.ex.) estica para lá dos 12 metros. Curioso, não é? E o que faz a Comissão?
  8. - Por falar em critérios: por que motivo os árbitros portugueses, nas provas internas, não seguem os critérios europeus, no que diz respeito aos descontos? Protecção especial a dois clubes, por acaso os dois da 2ª circular? Por acaso, é mera coincidência!
  9. - Voltando ao meu clube: Não seria altura de, agora em Janeiro, trocar o Maciel, pelo menos, por uma mais valia? Com o ritmo de lesões que vamos tendo (oito!!!), se o H. Potter Quaresma fica fora de combate, com quem ficamos?
  10. - Não seria mais útil, manter o Hugo Almeida e pôr o H. Postiga a rodar noutra equipa para ver se ganha calo?

sábado, novembro 13, 2004

Bloco de Notas - 4

  • - Podemos dar graças a Deus por só se ter lesionado o Diego. Com o tipo de jogo(???) intimidatório e violento dos gilistas (será por vestirem de vermelho?) mais parecido com outra modalidade ( râguebi, não?) foram precisas coragem e determinação para aguentar o vendaval de sarrafada do GV. Bola dos nossos que passasse o meio campo, já se sabia! Com um árbitro rigoroso quantos gilistas ficavam em campo?
  • - Logo aos 9 min. o Diego, que já tinha levado umas poucas de entradas violentas, foi posto fora do jogo. Reparem na forma como, nesta época, os adversários entram sobre os nossos jogadores!
  • - Aos 17 e 18 min. foi de aflitos pela mania que o Nuno tem de não comunicar com os colegas. Mas, em meu entender, não houve qualquer falta do Nuno , quando o Paulo Costa tropeçou nele.
  • - Grande golo do nosso Harry Potter Quaresma!!!
  • - Aos 43 min. que grande calafrio! Mas também que grande defesa do Nuno. Que reflexos!
  • - Na 2ª parte, belo golo do Costinha! No entanto houve algumas jogadas junto à nossa área que me causaram arrepios! Principalmente aquela saída do Nuno a fazer lembrar o 'Aviário' do Montijo. Será que os maus exemplos se pegam como a sarna? Meu Deus, que susto!
  • -No fim de contas: Nuno: bom e mau.
  • - Bastante bem: Pedro Emanuel, Areias e Seitaridis na defesa; Costinha e Bosingwa no meio campo; Quaresma (nacos preciosos de antologia e períodos apagado), Benni e Derlei pelo poder de luta, mesmo quando massacrados sem contemplações.
  • - Menos bem: o Pepe, muito atabalhoado, frenético e pouco seguro (se não fosse o Pedro Emanuel e algumas compensações bem feitas pelo Areias e pelo Giourkas, tínhamos tido alguns dissabores) e o Maniche que me pareceu um pouco apático e perdido. Se calhar foi da posição em que teve de jogar. Pela 1ª vez concordei com a análise televisiva que foi feita em relação ao Maniche: « jogador soberbo dentro de um rigor táctico onde ele não seja o criativo de serviço, mas onde possa emergir como apoio do jogador mais criativo». Hoje ao Maniche faltou o Diego ou o Carlos Alberto. Como nos dois anos passados, o Deco e o Alenitchev.
  • - Hoje o Sol passou pela lua. Não era suposto nesta altura estarmos subalternizados com, pelo menos, sete pontos de diferença? Não era o que todos afirmavam há tempos atrás?Tomem e embrulhem!
  • - Só agora percebi ( nestas coisas do futebol, às vezes, não percebo à primeira, que querem?), só agora percebi, dizia eu, a alcunha do Petit. Foi quando li que ele gostaria de acabar a carreira nos lampiões. O moço é de facto 'petit'!

quarta-feira, novembro 10, 2004

O 'Day After'

Segundo eminentes e reputados sábios em adivinhação e futurologia o previsível cenário no dia subsequente à passagem do 'Sol' pela 'Lua' no lusitano campeonato de futebol é o seguinte:

  • - O governo reunirá de emergência tendo em vista tomar medidas drásticas para debelar a crise que tal ocorrência veio produzir em todas as instâncias governamentais;
  • - Os ministros afectos às pulsões lunares entrarão em profunda depressão e o próprio ministro do mar insinuará que a culpa se deve ao parceiro da coligação que não soube manter a necessária vigilância para prevenir a inevitabilidade do acontecimento.Ele até alertara o 1º ministo para o eventual recurso às fragatas da marinha!
  • - Alguns dos ministros mais exaltados vociferarão contra a situação criada, insinuando que ela só foi possível, porque o governo foi demasiado brando no que concerne à liberdade de expressão e à permissão de comentadores hostis terem gozado de inadmissível tempo de antena sem direito ao contraditório.
  • - Será promulgada uma amnistia para todos os crimes fiscais efectuados ou a efectuar por gestores e dirigentes, actuais ou do passado, do clube lunar com a obrigatoriedade de as verbas serem investidas na aquisição de, pelo menos, mais meia dúzia de jogadores para reforço do plantel.
  • - Os jogadores lunares passarão a treinar com as portas abertas e, durante o treino, em cada volta ao campo, pararão para todos, a uma só voz, e, com profundo propósito de emenda, pedirem contritos perdão aos associados. Durante o treino com bola farão a mesma coisa de cada vez que a bola rematada não entre na baliza.
  • - Em assembleia geral do clube, também convocada de urgência, o presidente e o seu acólito prometerão mundos e fundos, até mesmo rapar o bigode do presidente, para reparar o ultraje de tal ultrapassagem.
  • - Os dois, vestidos de estamenha e baraço ao pescoço, irão servilmente pedir ao presidente de um outro satélite, mas este artificial, para todos combaterem a injustiça do «sistema» solar que faz com que girem todos em volta do Sol.
  • - A comunicação social, passada a primeira fase de estupefacção e descrença, a ponto de quase todos raparem as cabeças e se cobrirem de cinza, jurará que, para os lunares, a luta continua e, ainda neste século. haverá um eclipse do sol. Mesmo que parcial.Palavra de jornalista.
  • - O Scolari, face ao terramoto político-social e desportivo, ver-se-á na obrigação de voltar a convocar o Bruno Vale, dado ter dois guarda-redes do clube lunar na selecção.

domingo, novembro 07, 2004

Bloco de notas - 3

  • - Os genes devem estar loucos! Como é que um mesmo pai pode gerar um Miguel e um Paulo?! Sem falar da Catarina. Para não os pôr "portas" fora, foi-se ele embora. Fez bem.
  • - Há no 'benfiquismo' uma certa característica, infelizmente pouco abonatória, de certos comportamentos que caracterizam o que existe de pior na sociedade portuguesa. Eu sei, eu sei, que entre os seus adeptos há bons e maus, há os que são honestos e os vigaristas, há os pacifistas cordatos e os violentos, agressivos e destrambelhados, há de tudo um pouco, afinal, como noutros clubes, a começar pelo meu. No entanto, quanto a mim, existem algumas referências que, na generalidade, atravessam o colectivo dos adeptos, sejam eles cultos ou iletrados, ricos ou pobres, fundamentalistas fanáticos ou não, e aparecem como 'marca da casa', o seu verdadeiro 'ex-libris', (não, não é a famigerada divisa recuperada dos mosqueteiros !): são, por natureza, habituais destorcedores dos factos (e da mais comezinha realidade), os quais apresentam sempre à medida das suas conveniências e dos seus interesses; são presunçosos e arrogantes, sem uma centelha de humildade, incapazes de reconhecer o mérito alheio, mesmo quando ele é por demais evidente; são invejosos e mesquinhos, destilando ódio e grosseria (fiquei chocado com os comentários inseridos por alguns lampiões no blog de 'O Dragão', elucidativos, afinal, da maneira de estar desses energúmenos); são idólatras e passadistas que, à falta de presente, se entretêm a relembrar e a glorificar o passado e os seus ídolos, como se de um espaço mítico se tratasse; e sobretudo, oh sobretudo, para além de arruaceiros, são uns provocadores inveterados em que o orgulho e a vaidade se entrelaçam com a ignorância, os chavões de sobrevivência e a má-fé. Tudo suportado por uma abjecta campanha da comunicação social que os protege e acirra. É assim o 'benfiquismo'. São assim os 'benfiquistas'. Não gosto deles.
  • Quando ontem me lembrei de que havia jogo de futebol na Sportv e liguei, estava o jogo a atingir os noventa minutos e o resultado do confronto era um empate. Pois, o período de descontos (quando é que em Portugal os árbitros adoptam, nesse pormenor, o mesmo critério dos seus congéneres europeus?) deu para ver: um penalti forjado pelo brilhante e sabido actor que dá pelo nome de João Pinto, e, depois do golo, no meu entender, uma falta marcada ao contrário junto à área do Boavista de que resultou uma expulsão injusta. Não serão casos a mais para tão pouco tempo?

sábado, novembro 06, 2004

Bloco de Notas- 2

Hoje não falo de futebol. Estou em estágio e, como estou em estágio, quero estar de cabeça limpa.
Mesmo que alguém, por um acaso, me queira provocar! É que, de certeza, esse alguém só pode ser um demónio de lampião na mão, vomitando enxofre pestilento e disparando very-lights do fogo que o consome - já se sabe que o inferno é sempre vermelho, tem abutres a que chamam águias e os demónios são rapazes sem nome e sem futuro, que se afirmam aos magotes e, todos de lampião, vão vomitando o enxofre que lhes regurgita das entranhas ( não andam todos enxofrados?) -
ou, então, se não for dos lampiões, só pode ser um daqueles sáurios peçonhentos que aparecem quando há sol, mas se escondem entre as pedras, um desavergonhado provocador que com falinhas mansas me queira desestabilizar!
Seja um ou seja outro não reajo a provocações! Tenho dito. Hoje não falo de futebol. Quero estar de cabeça limpa e não pensar nas trafulhices do CD, nas pressões inqualificáveis do kadhafi e do seu acólito cristão-novo (olhem que o pai do Robinho, ou o avô, ainda são capazes de fazer uma perninha!); não quero lembrar os 'insignes' discursos anti-sistema, se as coisas não correm de feição, do 'escorreito' presidente do cachecol e fungadela (que dom de palavra, que discurso, que fluência, que raciocínio, que arroubo, que coragem, enfim, que parlamentar brilhante se perdeu!).
Não falo de futebol. Pronto.

E, como não falo de futebol, vou abordar temas muito mais profundos e muito mais intelectuais. Por exemplo, vou falar da tal 'quinta' que não vejo, mas deve ser muito importante, porque houve um ministro de estado (só ele?!) que foi despedir-se das concorrentes, outros ministros não perdem pitada do programa, os jornais gastam folhas de papel sobre o assunto... sim, deve ser muito importante!
Pois, ontem, estava eu no café, lendo o jornal, e ouço nas minhas costas, na televisão ligada, uma das participantes mais badaladas de momento, uma execrável e insuportável lampiona ( por que será???), rainha da futilidade e da intriguice, expoente acabado da mediocridade balofa em que vegeta muita da sociedade parasitária portuguesa (principalmente em Lisboa, por que será?), ouço-a, dizia eu, dirigir-se em tom exaltado a um outro concorrente, paradigma hermafrodita dessa mesma sociedade:«não digas que na rua as pessoas têm a mesma ideia de mim do que de ti!». E eu pensei com os meus botões: « Diz o roto para o nu: por que não te vestes tu?».
Isto não é qualquer piada ao facto da referida senhora(!!!) atrás citada vestir de emprestado, segundo se diz. Credo. Ela é lá capaz de tal!
Este país de 'jardins' é um jardim à beira-mar.

Não queria falar de futebol, mas, francamente, não me conformo: só quinze dias ao Fernandez?
Irradiado!!!Ele devia, mas é, ter sido irradiado. Usar de tal linguagem num campo de futebol?
Estamos nalgum concurso de danças de salão ou quê? Estamos num recreio de meninas bem ou nalguma catequese?
Nos campos futebol só se pode usar linguagem de caserna. Mais nada. Vejam lá se o Jaime Pacheco, o Álvaro Magalhães e tantos outros não sabem falar de forma que se entende! Ou os jogadores!
É claro que, inteligente e isento como ele é, o árbitro só podia interpretar a interpelação como uma ofensa. «Isto é falta!». Os neurónios do sadino ficaram em sobressalto: «Só assim? Só isto?E ainda para mais a levantar os braços como quem vai numa procissão? O gajo está a gozar comigo de certeza, ai está, está!» Pumba. Com o exército português não se brinca. O ministro da defesa jamais permitiria. O castigo não tem nada a ver com a lagartagem. É só mera coincidência. Como. aliás. têm sido todas as outras no passado.

sexta-feira, novembro 05, 2004

Bloco de notas -1

  • - Os lampiões lembram-me o "Bazófias" dos meus tempos de Coimbra: no tempo das cheias tinha prosápias de rio, mas depois era um riacho!
  • - É curioso que na primeira participação dos lagartos na UEFA deste ano a assistência pouco tenha ultrapassado os 16000 adeptos. Para quem esperava muito mais que os 30000, vai uma certa distância!!!
  • - No estádio do Dragão, numa época em que as coisas não estão a correr bem, a pior assistência desta época, o que é natural: mais de 30000!!! Interessante não é?
  • - Elucidativas foram as imagens televisivas antes do jogo: grandes planos para dar a ilusão de que o estádio da 2ª Circular estava cheio ( com papas e bolos... mas também com ilusões de óptica!). No Dragão quanto às imagens da TV não me posso pronunciar, porque estava lá dentro. Mas era notória a satisfação dum repórter radiofónico quando, uma hora antes do encontro, anunciava que não estariam mais de 2000 adeptos na assistência. Não estariam, não, mas chegaram a mais das três dezenas de milhar. Azar de cálculos. É por essas e por outras...
  • - O Trap é um chato. Não tem dado muitas oportunidades ao Argel . Eu gosto tanto de o ver jogar! Dá-me tantas alegrias e tanto gozo!O Trap é mesmo um chato!
  • - Diz o Jorge Maia, in 'O Jogo':« No futebol português, nada se perde, tudo é roubado. Os árbitros decidem quase tudo e a sorte decide o resto, o que nos condena a celebrar campeões nos quais só acreditam os adeptos da mesma cor. Durante os últimos dois anos(...) foi possível recorrer ao certificado de garantia passado pelas competições europeias. Agora não há garantias. Seja o que Deus quiser...». Mais palavras para quê?

quinta-feira, novembro 04, 2004

Mais perguntas

1ª- O Tonel, agora no Marítimo, excelente central do Porto e que ao serviço da Académica foi sempre um esteio da defesa, tendo até sido decisivo em muitos encontros dos estudantes, não faria melhor lugar do que o Pepe?

2ª- O Mário Silva, cedido em refugo para Espanha, não seria um substituto do Nuno Valente mais consistente que o Areias, uma vez que se prescindiu do Rossato?

3ª-O Manuel José, agora ao serviço do Setúbal, não seria um elemento importante na equipa do FCPorto, ele que em vários jogos, tem feito todo o corredor direito e marca livres e cantos como actualmente nenhum jogador do nosso clube é capaz de fazer?

4ª- Não será coincidência o facto dos três serem portugueses e terem sido cedidos?

5ª- O excessivo número de lesões de jogadores do plantel principal ( com excepção dos que foram vítimas de agressões ou de jogo violento; Derlei, Areias, Costinha...) e a cada vez mais notória falta de frescura física de toda a equipa não terá a ver com a deficiente preparação física ministrada? Com o Rui Faria os jogadores submetidos a esforços mais violentos davam, no campo, resposta às situações mais adversas.Veja-se agora o Chelsea em crescendo de forma física, enquanto nós...

6ª-Não parece evidente que os jogadores não só não foram ainda capazes de criar rotinas como denotam falta de trabalho específico tanto ofensivo como defensivo (cantos, livres, remates de fora daárea, cabeceamentos, compensações etc.)? Culpa de quê e de quem?

7ª- Há liderança efectiva do grupo de trabalho? Ou haverá interferências estranhas?

8ª- Por que é que o treinador não estuda os adversários até ao mínimo pormenor, de modo a que os jogadores, quando entram em campo, saibam o que vão fazer, que pontos fracos devem atacar e como atacar?

9ª- Quando é que o nosso Presidente dá um murro na mesa e põe todos (técnicos e jogadores ) a puxar para o mesmo lado?

10ª- Os dirigentes não se deram ainda conta de que a desmotivação e a descrença entre os adeptos são crescentes e preocupantes?

quarta-feira, novembro 03, 2004

Há noites assim

Miguel Sousa Tavares dizia que a noite de ontem era uma noite de grandes decisões e tinha razão.
Só que, na minha óptica, foi tudo decidido ao contrário. A noite do dia de fiéis e defuntos foi, para todos os fiéis adeptos portistas, o defunto sonho de uma participação condigna na LC ( não era pedir o impossível de repetir as duas anteriores épocas de luxo, mas, ao menos a dignidade de um comportamento menos miserabilista) ; a noite do dia de fiéis e defuntos foi, para todos os fiéis partidários de um mundo livre e democrático, sem tutelas de hegemonias conservadoras e arrogantes, um ideal defunto, um pesadelo que nos faz despertar para uma realidade que tem tanto de imprevisível como de perigoso para o futuro da humanidade.
Mas, se no primeiro caso, o presidente escolheu mal o técnico - os resultados comprovam a evidência que a fé recusava, no segundo, o sistema eleitoral e a poderosa máquina republicana ajudaram a manter no poder um presidente que se prepara para um segundo mandato e, em termos de segurança a nível mundial, oferece uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma, como se costuma dizer.
Mas os americanos também não estão muito interessados nisso. Desde que salvaguardado o seu conforto, a sua segurança e o seu bem-estar, o mundo que se dane.
Como deve estar contente o nosso ministro do mar! Ai, Mar Salgado, oxalá que o teu futuro sal não venham a ser lágrimas de Portugal!

segunda-feira, novembro 01, 2004

Dúvidas

Ando com uma preocupação muito grande e tenho que a confessar, se não rebento. Há já três ou quatro dias que os distintos ministros anti-portistas, Morais Sarmento e Rui Silva, não dizem bacoradas nem dão tiros no pé! Andarão distraídos com a 'quinta' das celebridades, como eles, ou andam a preparar alguma? É sempre de desconfiar.


Viram a fotografia dos chefes de estado e de governo em Roma? Quem estava no meio de todos, na segunda fila, quem estava? Para alguma coisa há-de servir o tal gabinete de imagem!
E, depois sempre é uma fotografia que as ' tias' da linha hão-de recortar para trazer junto ao coração. Vale sempre a pena.