sábado, janeiro 08, 2005

Pois é!

Disparate! Um disparate completo. Segundo li na imprensa, o Dr Pôncio Monteiro prepara-se para liderar ou simplesmente integrar uma candidatura independente à Câmara Municipal do Porto, candidatura que teria como objectivo primordial combater aquela que se perfila sob a liderança do famigerado Rui Rio. Começo por dizer que considero o Sr. Rui Rio um execrável político, um cobarde, falso e manhoso, que na pretérita campanha autárquica foi incapaz de em qualquer ocasião aludir à sua sanha persecutória contra o FC do Porto, mas, mal se apanhou no poder, logo tratou de encetar uma guerra de que, felizmente, saiu bastante malferido.
No entanto, acho que uma decisão como a que Pôncio Monteiro, Pinto da Costa, Rui Moreira e muitos outros pretendem viabilizar é má tanto do ponto de vista táctico como estratégico. Primeiro, porque o clube é incomensuravelmente grande e não pode estar à mercê destas guerras político- partidárias que trazem sempre mais prejuízos do que benefícios e eu acho que a maior e mais pesada derrota que o tresmalhado autarca teve ( não só ele, mas todos os seus sequazes de meia- tigela, nortenhos e portuenses lampiões a ressumar ódio, despeito e rancor, pôdres da injúria de não serem fiéis à terra que os viu nascer, mas travestidos de preto e branco, porque não têm sequer a coragem de se afirmarem autênticos) a maior ignomínia, dizia eu, foram as estrondosas vitórias que o nosso clube entretanto alcançou. Segundo, porque entendo que já bastam ao nosso presidente as lutas desportivas e os ressentimentos que os êxitos da nossa colectividade lhe têm granjeado para se ir envolver noutras escaramuças que não só desgastam como moem.
Aliás, uma das qualidades que sempre admirei em J. N. Pinto da Costa como presidente do F. C. do Porto foi a de saber separar o clube dos interesses político-partidários com os bons resultados que tal política acarretou ao longo do seu consulado clubista. Pena seria que agora, movido por uma guerra pessoal contra alguém que só lhe deveria merecer desprezo, viesse a malbaratar os dividendos que durante a sua proficiente e gloriosa gestão soube acumular.
Pela grande, pela enorme admiração que lhe tenho, pela incomensurável gratidão que lhe devo, atrevo-me a pedir ao meu presidente, Jorge Nuno Lima Pinto da Costa, que não vá nessa jogada. O outro, aquele que não sei se escreve rui por rio ou rio por rui, esse que do muito que prometeu pouco ou nada fez e quase só acabou o que os outros tinham projectado e começado, esse acabará por cair de pôdre, deitado abaixo pelos seus, quando deixar de ser bandeira.
É claro que para os seis milhões de portugueses que marram no vermelho como touro desembolado, esse rio é o maior. Mas, olhe que não! Nem para afluente presta.
Presidente, não vá nessa.