sexta-feira, agosto 05, 2005

Pinto da Costa

Não há dúvidas nenhumas que o nosso clube deve muito ao seu presidente o qual, ao longo das últimas duas décadas, com os parcos recursos disponíveis conseguiu alcandorá-lo a posições nunca dantes imagináveis, reconhecidas internacionalmente, mas que fazem roer de inveja e ódio os mesquinhos rivais , sejam eles vermelhos, verdes, axadrezados ou de qualquer outra cor (para mim, excepto os azuis e brancos e os verdes e tirando alguns vitorianos de Guimarães e de Setúbal, o resto ou é lampião ou não passa de melancias com uma corqualquer por fora embora vermelhos por dentro, o que me enoja sobremaneira, devo confessá-lo). Só por isso ele é tão odiado e perseguido.
Contudo sobre a figura do presidente e sobre os seus méritos já por mais de uma vez me pronunciei e julgo que o clube lhe ficará para sempre grato.
Numa coisa , porém, tenho que concordar com os seus detractores: quando os ventos correm de feição a responsabilidade é sua, quando, pelo contrário, as coisas correm mal então ou se cala ou alija as responsabilidades para outros. Ele não era assim e isso é que me espanta.
Algumas das contratações feitas este ano, como outras do ano passado, deixam muito a desejar. Se o presidente e a SAD estavam a pensar em dar carta branca ao treinador (e eu não contesto isso) para que foram contratados os Sandros, os Alan etc. ?
Por outro lado, como já referi, não ponho em causa que Jorge Costa, Nuno Valente, ambos pela idade, Diego, Ibson e Quaresma, para falar apenas dos mais sonantes, pelas características do seu futebol, sejam jogadores que tenham mais dificuldade em integrar para já o plantel mais efectivo, mas entendo que o treinador deve ter um certo cuidado e uma certa diplomacia a lidar com a situação, porque, se os resultados não aparecerem, começará a contestação interna e externa e tudo se desmoronará como um castelo de cartas. Oxalá isso não conteça, mas, se acontecer, quero ver como o presidente descalça a bota. É que a alcateia de inimigos esfomeados e rancorosos está à espreita para poder saltar.

quinta-feira, agosto 04, 2005

Há homens e homens...

Tinha ouvido falar da "corajosa" entrevista concedida pelo jogador Francisco Rodrigues Costa, conhecido no mundo do futebol por "Costinha", entrevista muito badalada na comunicação social lisboeta, o que me pôs logo de pé atrás, porque das bandas dos referidos media tudo o que aparece ou é para denegrir os "dragões" ou para desestabilizar. Coisa boa não é, tenho a certeza. Mas confesso que não a tinha lido. Tive agora oportunidade de a conhecer ou, pelo menos, parte dela, na transcrição que o blog "Portogal" faz.
Em primeiro lugar acho graça ao epíteto de "corajosa" a uma entrevista feita a posteriori e a coberto de eventuais retaliações ou até de simples chamadas de atenção. Assim também eu. Faz-me lembrar um rafeirozito de um vizinho que, nos meus tempos de infância, quando se via protegido pela segurança das grades da casa do dono e da sua casota, infernizava a vida de qualquer pessoa ou animal que se acercasse. Parecia que queria rebentar com tudo e com todos. Uma vez, por descuido, a dona deixou a porta aberta e o bom do rafeiro, temendo o perigo, acolheu-se ao fundo da casota, pouco se importando com quem passava. Também era muito corajoso!
Para mim um homem, para lá dos méritos profissionais que eventualmente possua, revela-se vertical, quando se sabe portar com dignidade em todas as situações, por mais adversas que pareçam, o que até nem é o caso. Compare-se a situação de despedida de um Deco ou dum Iankauskas com as dum Costinha, dum Fabiano ou dum Leo Lima. A dignidade de uns e de outros.
Se é verdade que o FCPorto ficou a dever a Costinha alguns momentos inolvidáveis na vida do clube, não é menos verdade que foi no clube que o jogador se realizou em termos de carreira futebolística. Pese o facto de eu concordar com algumas das considerações que tece em relação ao ano transacto, a sua dignidade e o respeito que, apesar de lagarto, deveria ter em relação à instituição que tanto o projectou deveriam merecer outra atitude da sua parte.
Chamar-lhe-iam "ministro" por, no fim de contas, reflectir aquilo que com frequência observamos em termos de governação do país?

terça-feira, agosto 02, 2005

Amsterdão

Gostei de ver o meu Porto a voltar a jogar como equipa. Já tinha saudades.
Concordo com as análises que apontaram para as fragilidades defensivas, fragilidades que eu enunciei no início do defeso e que, a meu ver, não foram colmatadas. Quanto a mim, o Sonkaia ainda não é o defesa direito que precisamos e, do outro lado, o Leandro também não é. A este, para lá de falhas de posicionamento, falta-lhe, sobretudo, altura. As soluções de recurso não passam disso, soluções de recurso. No centro da defesa também falta ainda qualquer coisa. Para o tipo de jogo que Co pretende Jorge Costa e Nuno Valente, pese o prestígio de cada um e o que deram ao clube, não me parecem soluções.
Em jeito de desabafo, o Sandro, o Alan, o Leo Lima, o Cláudio Pitbull... todos juntos não davam dois bons defesas laterais? Que, se calhar até os há por cá.Estou a lembrar-me do Manuel José, do Miguelito, do Abel... E para a zona central o Zé Castro ou o Nunes não têm mais classe que o Pepe? Como é que deixámos ir embora o Tonel? Em termos de jogadores que actuam nos clubes portugueses onde poderia ser feita, como antigamente, uma detecção de valores, até com custos menos elevados, julgo que há da parte da SAD e do presidente uma certa sobranceria que, a meu ver, não é boa conselheira.
Não sei se me engano muito, mas este ano, o Diego, o Ibson e, sobretudo, o Quaresma vão ter que "pedalar" muito para se imporem. O tipo de jogo pretendido pelo treinador tem pouco a ver com aquilo que principalmente o Diego e o Quaresma estão habituados a fazer ou, pelo menos, fizeram na época transacta. Quanto ao César Peixoto cuido que é uma carta fora do baralho.

Hipotecas...

EMPOLGANTE! Pelo menos é como a RTP1 está constantemente a anunciar o desafio entre o clube dos "hipotecados" e aquele que, na época passada, "hipotecou" a sua permanência na divisão principal ao aceitar a transferência para o Algarve do seu jogo decisivo.
Então como é? Agora o Estoril já não precisa do dinheiro dos benfas algarvios? É bem certo que, no fim de contas, têm o que merecem, não é verdade, Veiga? Não é verdade, Figueiredo? Não é verdade, Liga? Não é verdade, Federação? Tudo nos conformes. E a parolada da comunicação social lisboeta a acenar que sim e a zurrar de satisfação como os jumentos!
Estes é que são os arautos da lisura, da correcção, da verdade desportiva e da transparência no futebol português!!! Mas com esta corja não se mete a justiça portuguesa! Pudera. Montes de esterco, para não dizer outra coisa!
Deve ser, de facto, um desafio EMPOLGANTE!
Como diz o meu filho, empolgante, empolgante, só se for o jogo do Sporting...quando joga o Polga!