sexta-feira, outubro 22, 2004

O PRESIDENTE

Um dos sentimentos que distingue os homens que o sabem ser daqueles para quem tudo vale e não há valores nem regras é o sentimento da gratidão. E os portistas sabem ser reconhecidos. Como nenhum outro clube do nosso país, aliás. Estou a lembrar-me das manifestações de luto e dor, aquando da morte de Pedroto, do Pavão, do Zé Beto, do Rui Filipe...estou a lembrar-me das explosões de alegria e gratidão, aquando das tantas e tantas conquistas ao longo do seu historial...
O nosso clube sem precisar dos ditirambos de uma imprensa hipocritamente louvaminheira e bajuladora como é aquela que vive à sombra dos interesses do e da capital sempre soube ser grato a todos aqueles que o serviram com dedicação exemplar, quer tenham sido dirigentes, quer técnicos,quer tenham sido jogadores ou funcionários.
Era eu pequeno, de calções, e o presidente do clube era um médico natural da terra da minha família materna e que tinha a sua casa paredes meias com a casa de um tio meu. Chamava-se Urgel Horta. A minha mãe, avós e restantes familiares respeitavam-no muito. Um dia, nós, rapazes, que passávamos as férias na aldeia, resolvemos fundar uma equipa de futebol e, como não tínhamos equipamentos, resolvemos pedi-los ao Dr Urgel Horta, convencidos de que nos mandaria dar uma volta. Imaginem a nossa surpresa, alegria e orgulho, quando, nesse mesmo Agosto, na festa mais importante da terra e no desafio contra a rival aldeia vizinha, entrámos em campo com equipamentos azuis e brancos, novinhos em folha, oferta do doutor!Deve ter começado aí a minha admiração, o meu entranhado amor pelo F.C. do Porto.
Na galeria dos grandes presidentes de que me recordo há vultos como Cesário Bonito, Paulo Pombo, Ferreira Alves, Nascimento Cordeiro, Pinto de Magalhâes, Américo de Sá, homens que no decorrer dos meus já longos anos de portista sempre pugnaram pelo engrandecimento do nosso clube.
Mas o maior de todos foi, é e será o nosso Presidente Jorge Nuno Pinto da Costa. Que quase todos nós adoramos ( há alguns, poucos, portistas ressabiados, que lhe mordem por trás, porque no seu egolatrismo julgaram merecer mais do que deviam!) e que os nossos adversários (inimigos!?) odeiam e invejam, mas que quase todos gostariam de ter à frente dos seus clubes. Ah, se gostavam. Eu, pessoalmente devo-lhe as maiores alegrias desportivas que jamais sonhei ter.E que nunca esquecerei. Em todas as modalidades.
Então os dois últimos anos foram sensacionais. Espectaculares.
À boa maneira alentejana, que cultivei e cultivo há mais de quatro décadas, uma expressão apenas para testemunhar a minha infinita gratidão: «Bem Haja, Presidente!».
Quer-me parecer, porém, que nesta nova época houve certas precipitações. A planificação desta temporada não foi nos moldes das anteriores, as contratações e as dispensas levantam-me reservas e isto para não falar da questão dos treinadores.
Já com o Octávio Machado, que, no entanto, considerei ter feito um bom trabalho de adjunto, foi um tiro no pé. Como treinador foi uma desgraça e como homem é cão que morde a mão do dono. É vê-lo na campanha difamatória que, dizendo-se portista, faz ao presidente e ao nosso clube nos jornais e canais televisivos que sempre o vilipendiaram. Sinceramente não é flor que se cheire. Não me admiraria nada que um dia destes estivesse também a fazer parte do staff do " kadhafi dos pneus", porque o lampião gosta de gente assim.
Quanto à planificação da presente temporada e à fraca prestação da equipa, voltarei noutra oportunidade.



2 Comments:

At 11 de junho de 2008 às 14:45, Anonymous Anónimo said...

Por acaso essa aldeia não se chama Felgar?

 
At 11 de junho de 2008 às 14:46, Anonymous Anónimo said...

Por acaso essa aldeia não se chama Felgar?
Sérgio Gomes

 

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