O rato que ruge...
Lembro-me de nos princípios da década de sessenta ( julgo que foi por essa altura!) ter aparecido um filme com o Peter Sellers (é urgente a minha necessidade de tratamento psicológico, pois, agora, sempre que falo do criador da 'Pantera Cor de Rosa', sinto um calafrio, já que me lembro Del Neri), um filme, dizia eu, chamado "O Rato que ruge". Era uma comédia engraçada, uma fábula que metia uma invasão a Nova Iorque... por um pequeno país que tinha descoberto uma bomba... Segredos militares...espionagem... Todos os condimentos de que um comentador político não pode prescindir.
Lembrei-me disto, quando deparei com um artigo de um conhecido e enciclopédico comentador político da nossa praça, perito em estratégias militares (aliás eu julgo que ele é perito em todas as matérias sobre que disserta) que, aquando da guerra do Iraque, dava sempre a entender, pois era isso que insinuava, estar na posse de outros segredos de que só ele tinha conhecimento (segredos de polichinelo), mas que de forma alguma podia revelar por serem altamente confidenciais. Sabia-os ele e não sei se Deus. Se calhar até sabia onde os iraquianos escondiam as armas! E o George W. Bush passou a guerra toda sem o consultar! Mas, temos que concordar que, aí, a culpa foi do Durão Barroso que na cimeira dos Açores se esqueceu de falar nele ao presidente americano .
Pois este fabuloso comentador político, quando puxa da memória é o cabo dos trabalhos. Lembra aquilo que mais ninguém recorda. A memória dos homens é curta, só a dele é de elefante. Nuno Rogeiro é o homem que tudo sabe e sobre tudo opina. No referido artigo traz ele à colação, para prevenção dos incautos, os erros cometidos pela governação de Guterres no seu 2º mandato, como se os coligados detentores da actual governação, apesar de demitida, o não estivesse continuamente a relembrar a cada hora e momento. Esqueceu-se, porém, de mencionar que, passados três anos, as melhoras não foram nenhumas e, se disparates houve no giuterrismo, e foram muitos, as melhoras posteriores não foram nenhumas, antes pelo contrário. Para não falar no desconchavo dos meses santanistas.
Não, não se trata do rato que ruge, mas sim do Nuno que roge. Vai tudo dar ao mesmo.
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