quarta-feira, março 16, 2005

Outra vez: pois é...

O que mais custa, o que mais dói é que os salafrários piolhosos, de faca na liga e "very light" no bolso, se adiantam (e já cantam hossanas, porque sabem que, a partir de agora, todos se conluiam para os levar ao colo) não por mérito próprio, que o não têm, mas por demérito nosso e dos lagartos. Como dizia o outro: assim também eu!...

Já há muito tempo falei disto. Estranha, muito estranha, é esta aproximação ou reaproximação, se se quiser, do Jorge Mendes aos lampiões. Outro Veiga? Ou já não tem mais brasileiros para trazer para o dragão? Olhe que, bem apertadinhos, ainda cabem mais cinco ou seis!

Se tivesse havido outra política esta época, com conta, peso e medida, podíamos ter os mesmos resultados, mas estávamos com as contas limpas, sem déficit, e, se calhar, a preparar uma próxima grande equipa. Assim, de disparate em disparate, nem dinheiro nem proveito. E não vale a pena assobiar para o lado. É na altura das desgraças que se vêem os verdadeiros líderes. E o nosso presidente já deu sobejas provas. Não estava era tâo pressionado por esses benfeitores magnânimos e generosos que dão pelo nome de empresários de futebol. E não gostava de comidas tão salgadas.

Como é possível uma equipa campeã ter sistematicamente um começo de jogo tão desastroso como têm sido os nossos nesta época? Por que não correm, não lutam, não se desmarcam, não rematam os nossos jogadores? Ainda pensei que seria pelo facto de serem brasileiros e, como tal, gostarem de jogar como quem brinca na areia. Mas os brasileiros que jogam nos outros clubes esfalfam-se como os outros colegas! E já tivemos um Ninja, um Deco, um Juari, um Aloísio, um Geraldão, etc. etc. que mostraram precisamente o contrário. é verdade que estavam em minoria na equipa e talvez fossem arrastados pela garra e pelo querer dos colegas, mas que se passa agora? O Fabiano, independentemente do drama familiar que atravessa, é um "fabuloso " barrete. O Diego, aspas, aspas. O Postiga, valha-me Deus. O Quaresma, apesar de dizer que vai ser o número um, tem muito que aprender. Primeiro, que deve ser um jogador de equipa, jogar com os outros e para os outros. Depois, que as grandes carreiras de jogador se fazem com muito esforço e sacrifício. Assim, corre o risco de passar ao lado dela. Ponha os olhos em Cristiano Ronaldo e em Deco, por exemplo.